O Ministério Público de Sergipe informou na manhã desta segunda-feira (3) que vai investigar uma suposta entrega de medicações com os prazos vencidos. O fato tem ocorrido com frequência no Hospital de Cirurgia. A denúncia surgiu após intervenção dentro da unidade de saúde.

De acordo com a interventora Márcia Guimarães, o prazo mínimo de vencimento em uma entrega deve ser de seis meses, entretanto, as medicações chegavam no local com prazos vencidos ou prestes a vencer. Segundo ela, um tipo de medicamento específico foi recebido na unidade de saúde com 127 dias fora do prazo de validade.

"Foi uma das primeiras auditorias que fizemos e identificamos muitas medicações vencidas de 2017 e, principalmente, de 2018. Quando fizemos o rastreamento deles percebemos que havíamos recebido medicamentos faltando uma semana para vencer, outros vencidos.", disse ela.

A partir do diagnóstico, o Ministério Público foi notificado e uma planilha com os dados foi entregue ao órgão. Uma nova forma de entregas também foi estabelecida pela interventora, para que houvesse maior atenção na verificação de datas. "A entrega é feita no horário regular de trabalho e os profissionais só são liberados após todas as conferências", afirmou.

O promotor de justiça e diretor do Gaeco, Bruno Melo, informou que os procedimento já foram tomados e o Ministério aguarda as próximas instruções dos processos que foram ajuízados.

O F5 News procurou o Hospital de Cirurgia para ouvir sua versão, mas não obteve êxito até o momento da publicação dessa matéria.

* Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araújo.