MPF e MPE são contra instalação de usinas para incinerar lixo em SE
Eles consideram prática "extremamente prejudicial ao meio ambiente" Cotidiano | Por F5News 11/07/2018 18h30 - Atualizado em 11/07/2018 19h34Através de ofício enviado à Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), à Secretaria do Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e ao governador Belivaldo Chagas, os ministérios públicos Federal e Estadual rejeitaram a possibilidade de instalação de usinas para incineração de lixo em Sergipe.
Na avaliação das instituições, pela procuradora da República Lívia Tinôco e o promotor de Justiça Carlos Rabelo, a medida não condiz com os objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e provoca diversos impactos ecológicos, econômicos e sociais. Eles apontam que a prática é extremamente prejudicial ao meio ambiente, podendo liberar substâncias que provocam poluição da atmosfera e do solo, rios, lagos e lençóis freáticos.
“A respiração do ar poluído e a ingestão de alimentos contaminados pela população são exemplos dos prejuízos da medida à saúde pública. Além disso, o não-reaproveitamento de resíduos recicláveis provocaria mais exploração de recursos naturais para a extração de matérias-primas”, afirma o MPF.
Conforme o documento, a incineração de resíduos sólidos também causa impacto negativo na economia ao inviabilizar uma medida sustentável que é a coleta de materiais recicláveis, afetando as famílias que necessitam desse trabalho. “Com a incineração, todas as pessoas envolvidas no processo de coleta seletiva e da reciclagem seriam excluídas do processo e perderiam suas fontes de trabalho e renda”, argumenta a instituição.
Em nota, o Governo do Estado informa que também é um aliado das instituições no combate à instalação dessas usinas e que prioriza o cumprimento do PNRS, com o objetivo de erradicar os lixões em Sergipe e de construir aterros sanitários. Ao tempo que as ações estão focadas em projetos de futuros aterros, em parceria com o MP.
“Não existe nenhuma usina licenciada por órgão estadual. Atualmente, através do Programa Águas de Sergipe, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), está em vias de contratar uma empresa para estudos de locação para a construção dos aterros sanitários. Inclusive a Semarh firmou termo de Cooperação Técnica com a Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Agrese) e o Consórcio Público do Agreste Central (CPAC), por meio da Portaria Conjunta n º 01/2018 – Agrese – CPAC – Semarh – Adema, para constituição de Comissão Especial Mista de Trabalhos para Elaboração de Procedimentos de Manifestação de Interesse – PMI, com o objetivo de proporcionar a realização de estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira e jurídica para a Gestão de Resíduos Sólidos da região compreendida pelos Municípios que integram o CPAC. A 1ª fase foi finalizada com a solenidade de assinatura do Edital de Chamamento Público de Estudos nº 04/2018, em 28 de junho último, no Palácio dos Despachos do Governo. Nesta proposta, a tecnologia com o uso de incineração está vedada. O Governo do Estado parabeniza o MPE e o MPF por essa iniciativa, pois a incineração do lixo fere tudo o que está estabelecido na PNRS nº 12.305/2010”, completa a nota.
*Com informações do MPF e da ASN


Falta de acesso à habitação persiste e desafia efetivação da cidadania

Testagem ocorre a partir das 8h, na área externa da UBS Carlos Hardmam.

Os contratos terão duração de até um ano, com possibilidade de prorrogação

Homem foi flagrado pelas câmeras de segurança do Ciosp levando uma porta

Secretária Mércia Feitosa lembra necessidade de reduzir ocupação de leitos