Saúde
MPF processa médico acusado de desviar medicamentos do HUSE
Vinte frascos de anestésicos foram apreendidos no consultório particular
Cotidiano | Por F5 News 03/04/2019 16h35 - Atualizado em 03/04/2019 17h16

O médico Marcos Rogério Kroger Galo está sendo denunciado por desvio de medicamentos do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse). A informação foi divulgada pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta quarta-feira (03). Segundo o MPF, os crimes ocorreram entre 2017 e 2018 e o médico pode receber pena de até 20 anos de prisão e multa. A denúncia já foi aceita pela Justiça Federal.

De acordo com a denúncia, 20 frascos de medicamentos anestésicos, no valor aproximado de R$ 3 mil, foram apreendidos pela Polícia Federal no consultório particular de Marcos Galo, que também atua como médico emergencista no Huse. Na investigação, ficou comprovado que os frascos apreendidos no consultório faziam parte de lotes adquiridos pelo Governo do Estado de Sergipe para o Huse e não poderiam estar em uso particular.

O MPF requereu à Justiça, além da condenação pelo crime de peculato, com o agravante de crime continuado, a fixação de indenização pelos danos causados ao estado de Sergipe e a perda do cargo público de médico, porque a infração foi cometida com violação ou abuso ao dever de honestidade com a Administração Pública.

A denúncia também foi encaminhada ao Governo do Estado de Sergipe para a instauração de processo administrativo disciplinar contra o médico.

Por meio de nota a Secretária de Estado da Saúde (SES) informou que assim que tomou conhecimento do fato, a direção geral da Fundação Hospitalar de Saúde determinou a abertura de um processo administrativo e que todas as informações e documentos necessários serão fornecidos para o trabalho da justiça federal.

Defesa

A defesa do médico divulgou uma nota explicando que em julho do ano passado Marcos Kroger foi surpreendido com uma operação da Polícia Federal em seu consultório particular. “Lá na caixa de descarte encontraram cerca de uma dúzia de frasquinhos usados de anestésicos locais, restos de procedimentos realizados no próprio Huse”, diz a nota.

Segundo a defesa, em depoimento na Polícia Federal Dr. Marcos esclareceu que esses frascos eram restos de procedimentos realizados no próprio hospital e que de forma displicente foram esquecidos nos bolsos do jaleco durante o atendimento de emergência e descartados depois do trânsito em seu consultório. E que não utiliza esse produto em seu consultório privado.

A nota diz também que o médico “possui quase 25 anos dedicados ao atendimento de pessoas pobres no Huse e em diversas comunidades de Aracaju, que sempre praticou uma medicina humanista e vive dignamente da profissão. É trabalhador e cumpridor das suas obrigações e que irá provar no Processo Judicial sua inocência, mas que o sentimento hoje é de tristeza e indignação”.

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