Por Mirella Mattos

O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) desenvolveu atividades em todo o país em celebração ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia de hoje (08), partindo do lema “Luta contra o agronegócio”.

Em Sergipe, a expectativa do movimento, segundo uma de suas diretoras nacionais, Gislene Reis, era de reunir aproximadamente 1.200 mulheres na manifestação que começou em uma caminhada, saindo do bairro Siqueira Campos em direção à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e posteriormente à Praça General Valadão.

Apesar de o lema nacional focar exclusivamente o combate ao agronegócio, uma das principais pautas de reivindicação era referente ao Apoio Mulher, política voltada para as mulheres do campo e que, de acordo com Gislene, apesar de estar em vigor há aproximadamente três anos, em Sergipe, apenas a primeira parcela teria sido paga, sendo que dos 210 assentamentos presentes no estado somente quatro receberam esse benefício. “Se prega muito sobre esse programa específico para a mulher do campo, entretanto, em três anos pouquíssimas mulheres receberam esse benefício que está congelado, uma vez que só foi liberada a primeira parcela”, explica.

Gislene defende que a comemoração do Dia da Mulher seja pensada com o engajamento a causas significativas.  “Essa data tem que ser vista como um dia de denúncia, de luta. A luta contra o agronegócio, contra o Código Florestal e tantos outros temas importantes”, finaliza.