Número de cirurgias cardiovasculares cresce no Hospital de Cirurgia
Especialista reafirma que problemas cardíacos podem ser evitados Cotidiano | Por Saullo Hipolito 24/09/2019 12h10 - Atualizado em 24/09/2019 20h47O Hospital de Cirurgia é a única unidade de saúde a realizar cirurgias cardiovasculares em Sergipe pelo Sistema Único de Saúde (SUS) atualmente. O quantitativo feito pela direção técnica da unidade levantou que, no primeiro semestre deste ano, após o hospital passar por intervenção judicial, foram realizadas 176 cirurgias cardíacas, número superior à média verificada no mesmo período nos anos de 2016 a 2018, quando se registraram 85 procedimentos cirúrgicos.
De acordo com o diretor técnico da unidade, Rilton Morais, esse crescimento atesta a excelência em que o hospital funciona. Ele antecipou que há projetos para aumentar o número de salas cirúrgicas no Cirurgia, de modo a eleva ainda mais o número de procedimentos realizados, atendendo toda a demanda e, consequentemente, acabando com a fila de espera.
Mas o cirurgião José Teles de Mendonça - um dos mais renomados especialistas na área em Sergipe - alerta que a ocorrência de problemas cardiovasculares é alto e eles devem ser prevenidos ou evitados o quanto antes.
"Podemos dividir as doenças do coração em três: quando as crianças já nascem com esses problemas é chamada cardiopatia congênita; existem ainda as doenças coronárias, que estão ligadas à obesidade, ao estresse, aos maus hábitos alimentares e à falta de exercício físico; e as doenças do subdesenvolvimento, como por exemplo a doença de Chagas e as reumáticas, sendo, por vezes, preveníveis ou evitáveis completamente, dependendo de políticas públicas de saúde eficazes e comprometidas com o bem estar da comunidade", salientou o médico.
De acordo com estudos, a cada mil crianças, sete nascem com cardiopatia congênita; metade delas não sobrevive ao primeiro ano de vida se nada for feito, ou seja, é necessário um pré-natal completo, com ultrassom morfológico e, caso se verifique alguma alteração, ela precisa passar por outros procedimentos médicos.
Atualmente em Sergipe, de acordo com Teles Mendonça, não há filas para os casos de cardiopatia congênita, isso porque as crianças têm sido tratadas logo em seus primeiros meses de vida.
Sinais
Para quem cuida das crianças em berçário, é importante estar atento a alguns sinais que as com problemas cardiovasculares podem apresentar, como uma coloração roxa ou ainda cansaço na hora de mamar. "Toda criança que apresenta essas situações, o pediatra ou cardiopediatra deve ser alertado, para que se possa fazer o diagnóstico ou não desse problema", afirmou Teles Mendonça.
É necessário que todas as pessoas realizem periodicamente exames de rotina para eliminar qualquer possibilidade de diagnóstico positivo. O médico chama a atenção para um grande aliado no combate a essas doenças, como a caminhada e a corrida, mas José Teles alerta para questões físicas. "É preciso ter uma cultura do bem. os exercícios físicos são grandes aliados. Cada um tem um componente importante para o benefício e depende também da definição da doença", afirmou.
Homenagem
O médico cirurgião José Teles de Mendonça foi homenageado por ter realizado a primeira cirurgia cardíaca em Sergipe, em 1978, e por realizar o primeiro transplante de coração Norte-Nordeste, em 1986. Para ele, uma homenagem que demonstra a importância em continuar sua batalha diária no exercício da sua função.
"Fico emocionado com esse reconhecimento. Mas é uma oportunidade para dividir os méritos com muitas pessoas responsáveis por esse crescimento e desenvolvimento do Hospital Cirurgia, que é referência no estado. ", ressaltou.
Foto: Regiane Sá/ Hospital de Cirurgia


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