Saúde
Número de crianças e adolescentes com hanseníase preocupa em SE
Em 2018 foram diagnosticados 367 casos novos da doença, segundo a SES
Cotidiano | Por F5 News 03/04/2019 08h01 - Atualizado em 03/04/2019 10h39

Apesar de ser uma doença controlada e com remédios eficazes, a hanseníase ainda merece atenção e muitos cuidados. Em Sergipe, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde , foram diagnosticados 367 casos novos da doença em 2018, e chama atenção a ocorrência em pessoas com menos de 15 anos. 

“O plano de ação é qualificar os profissionais das unidades de saúde para que eles possam fazer um diagnóstico preciso e precoce e, principalmente, quando se detecta a hanseníase, fazer a avaliação do grau de capacidade. Então há uma preocupação para que se se quebre a cadeia de transmissão e que haja um controle da doença aqui no estado”, afirma a responsável técnica do Programa de Hanseníase do Estado de Sergipe, Maria Betânia Faria Baneo.

A hanseníase é uma doença bacteriana transmitida através de fluídos orais presentes na respiração, por exemplo. Diferentemente do que acreditam muitas pessoas, não é possível contrair a doença apenas tocando uma pessoa com hanseníase. A contaminação precisa de um contato prolongado e  podem transcorrer até 10 anos para o aparecimento dos primeiros sinais e sintomas. 

A presença de um menor de 15 anos com a doença acaba sendo um indicativo de que há outras pessoas em seu convívio transmitindo os bacilos, conforme explica a coordenadora-geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde, Carmelita Ribeiro Filha.

“Pode ser que em uma família com alguém doente, essa pessoa não seja a fonte de infecção, então a gente tem que buscar. Criança adoecendo de hanseníase não deveria. Significa que tem alguém próximo, adulto, dessa criança que está sem tratamento e está transmitindo. Então um indicador alerta para qualquer município é ter criança com hanseníase”, diz. 

A maior preocupação dos especialistas é que, com o tratamento prolongado, alguns pacientes deixam de se medicar. Quando não tratados adequadamente, os pacientes transmitem o mal e sofrem com sequelas, como a perda de movimentos e deformações. 

A orientação do Ministério é que ao surgimento de qualquer mancha em que você perceba a perda ou diminuição da sensibilidade ao toque, calor ou frio, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, menores as chances de sequelas. A hanseníase tem cura e o tratamento está disponível gratuitamente no SUS. 

 

*Com Agência Rádio Mais

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