Objetos encontrados no litoral sergipano preocupam órgãos ambientais
Material se assemelha a objeto que minimiza impacto de navio ao cais, diz nota técnica
Cotidiano | Por Fernanda Araujo 31/10/2018 12h50 - Atualizado em 31/10/2018 13h00

Aumentou para cinco o número de objetos encontrados no litoral sergipano e a situação preocupa os órgãos ambientais. O fato misterioso foi registrado desde o início da semana e, na manhã desta quarta-feira (31), por volta das 5h, o quinto objeto foi localizado na Praia do Abaís, em Estância. O material foi coletado para análise.

Três dos objetos, que se assemelham a caixas, foram encontrados por equipes do Projeto Tamar durante um monitoramento para identificação de desova e ninhos de tartaruga marinha; outros dois registrados pela Fundação Mamíferos Aquáticos, nas praias da capital, Aracaju, mas que não foram recolhidos pela equipe e nem localizados pela Adema.

Os mesmos tipos de materiais foram coletados ainda nos estados de Pernambuco e Alagoas, este último com cerca de 80 objetos não identificados. “As principais informações são de que se trata de material sintético, emborrachado, de tonalidade marrom e muito resistente, produzido a partir de derivados de petróleo. São várias camadas do mesmo material, não tem nada na parte interna”, informou o biólogo do projeto Tamar Fábio Lira à TV  Atalaia.

De acordo com nota técnica da Diretoria de Controle de Fontes Poluidoras, da Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco, o material encontrado em três cidades do município se parece com um polímero, um tipo de plástico ou borracha. Visivelmente, aparenta ser um objeto chamado defensa de portos ou barcos, utilizados para minimizar o impacto do navio ao cais do porto.

Segundo o diretor e analista ambiental Hellder Nogueira, provavelmente o material é proveniente de algum navio em alto mar, podendo ser de um naufrágio ou uma carga de defensas que não tinha mais condições de uso. “Sobre a origem deste material, iremos solicitar aos órgãos federais Ibama e Capitania dos Portos auxílio para tentar localizar o responsável. Como apareceu no litoral de quase todo Nordeste, possivelmente ocorreu alguma situação fora do normal em alto mar”, avaliou.

A situação preocupa os órgãos ambientais com a possibilidade de que a deterioração desses materiais afete a vida marinha. “O maior receio é que esse material em contato com a água salgada e o sol comece a ressecar, a se partir e liberar pequenos pedaços que possam ser consumidos pelos animais marinhos e aves, o que causaria a morte desses animais”, explica Fábio Lira.

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