Operação Hot Wheels: PRF e PC cumprem mandados no Agreste sergipano
Ação combate roubo de cargas e desarticula quadrilha que agia em vários estados
Cotidiano | Por F5 News 10/12/2020 16h41

A Polícia Civil e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) cumpriram oito mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (10), no município de Itabaiana, no Agreste sergipano. A ação policial faz parte da Operação Hot Wheels, coordenada pela Polícia Civil e PRF de Minas Gerais, que investiga uma organização criminosa responsável por roubos de cargas.

Segundo a polícia, a quadrilha é apontada como principal responsável por roubos de cargas em Minas Gerais, causando um prejuízo de mais de R$ 10 milhões entre 2010 e 2019. As investigações apontam que a base do esquema partia de Indaiatuba, no interior de São Paulo, onde duas pessoas foram presas. Mandados judiciais também foram cumpridos em Goiás, Bahia e Pernambuco. Em Itabaiana foram apreendidos documentos, equipamentos eletrônicos e um caminhão.

Foram representadas as prisões temporárias de 16 envolvidos na organização criminosa. As buscas também têm como foco as apreensões de armas de fogo, documentos relacionados ao transporte de cargas, comprovantes de pagamentos e aparelhos bloqueadores de sinais, além da localização de veículos utilizados pelo grupo criminoso. 

Investigação

De acordo com as informações da polícia, a investigação começou há um ano em Minas Gerais e a quadrilha foi localizada em agosto deste ano, a partir de dois roubos ocorridos naquele estado, nas cidades de Curvelo e Frei Inocêncio, nos dias 19 e 21, nos valores de R$ 1 milhão e 300 mil cada, respectivamente. Mais de dezesseis pessoas participaram dos assaltos, agindo com violência e sequestrando as vítimas. 

"O grupo atuava com 16 a 20 membros. Eles abordavam as vítimas quando elas estacionavam conjuntos mecânicos para o pernoite em pátios de postos de combustíveis. Os suspeitos mantinham as vítimas em cárcere privado por algumas horas, desligavam os rastreadores e faziam o transbordo da carga para os veículos do grupo criminoso". 

As investigações apontaram que, além do roubo, o grupo adulterava os caminhões em estacionamentos, onde fazia o transporte das cargas que eram roubadas em rodovias. 

“Em Indaiatuba, estava concentrado o maior número de pessoas envolvidas na quadrilha. Eles atuam com a logística de estacionamento de parte dos veículos, que eram descaracterizados, tendo suas placas e chassis adulterados, usados no transbordo e transporte das cargas roubadas ou muitas das vezes veículos tomados em assaltos, entre outros fatos que ainda não foram relacionados através de elementos probatórios em inquérito policial. É de nosso conhecimento que essa organização tem atuação em diversas outras faces”, disse o delegado César Matoso, que também é chefe da Divisão Operacional do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Conta o Patrimônio (Depatri), da Polícia Civil de Minas Gerais.
 

Edição de texto: Monica Pintosh
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