Operação termina com seis traficantes presos em Aracaju
Criminosos utilizavam máquina de cartão de crédito e chegavam a parcelar a venda
Cotidiano | Por Fernanda Araujo 26/06/2018 12h55 - Atualizado em 26/06/2018 13h03

Mais seis pessoas foram presas acusadas de traficar drogas sintéticas em uma ação da Polícia Civil em bairros nobres de Aracaju (SE). Essa foi a segunda fase da Operação Jardim do Éden, iniciada em maio deste ano, quando também foram presos outros seis suspeitos.

A polícia cumpriu nove mandados de busca domiciliar, quatro prisões temporárias e duas em flagrante.

Segundo o delegado Osvaldo Rezende (foto), do Departamento de Narcóticos (Denarc), os investigados atuavam com esquema de vendas avançado, inclusive com a utilização de máquinas de cartão de crédito.

As drogas chegavam pelos Correios ou até por transporte de ônibus vindo de outros estados, como Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e Alagoas.

“Um deles parcelava a compra, caso a pessoa não conseguisse pagar o total, e cobrava juros por isso. E o que nos chamou a atenção também é que outros tinham montado uma verdadeira logística comercial, com propagandas de promoção de vários tipos de droga e enviada a grupos de Whatsapp”, conta o delegado.

A PC ainda contabiliza quanto os acusados, de classe média a alta, faturavam por mês com o comércio ilegal dos entorpecentes.

Segundo o delegado Osvaldo Rezende, a venda era feita principalmente em festas eletrônicas e em pontos de droga em bairros como Luzia, Jardins, Atalaia e Farolândia, e normalmente custavam de R$ 60 a 160 o grama.

Com os presos - José, 21; Alberto, 20, Pedro, 25, Wainer, 32, Pedro Paulo, 18, e Lucca, 20 -foram apreendidos maços de dinheiro entre 100 e 50 reais, alguns em notas falsas, e grande variedade de drogas feitas em forma de comprimidos, selos, cristais, além de maconha do tipo Skank , MDMA popularmente conhecido no Brasil como “MD” ou “Michael Douglas” e Haxixe do tipo ice. Dois dos acusados já tinham sido apreendidos quando menores de idade.

“Embora achem que é pouca quantidade, o valor delas é bem maior do que das tradicionais por serem bem mais fortes. São drogas tanto ofertadas e consumidas geralmente pela classe média a alta, normalmente produzidas no Sul e Sudeste do país. Infelizmente, isso tem crescido no estado, em 2016 foram menos de dez drogas apreendidas e no ano passado aumentou para quase seis mil. Vamos atuar com maior rigor para esse combate”, afirmou.

A polícia tenta descobrir qual era a função de cada um na organização criminosa e se o grupo tem ligação com o caso de Carlos Henrique, 32, que morreu por ingestão de drogas sintéticas durante uma festa eletrônica no ano passado na capital.

“Alguns dos presos são interligados, outros não. Como é um nicho pequeno, em comparação a outros locais, tinha certo conhecimento de quem vendia entre eles. Foram apreendidos diversos materiais que vão ser analisados, estamos contabilizando a quantidade do dinheiro e da droga apreendida e vamos continuar a investigação para identificar outros suspeitos de vender e fornecer. Temos 30 dias para conclusão do inquérito”, completou Rezende.

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