Operários da usina termoelétrica seguem com paralisação na Barra (SE)
A medida se arrasta há mais de dez dias ao redor do canteiro de obras
Cotidiano | Por Milton Alves Júnior 23/08/2018 10h55 - Atualizado em 23/08/2018 16h53

Trabalhadores que prestam serviços terceirizados para a construção da Usina Termoelétrica no município da Barra dos Coqueiros, região metropolitana de Aracaju, seguem se mobilizando contra possível quebra de acordo coletivo firmado entre operários e o setor empresarial. Atualmente, 40% do efetivo encontra-se de braços cruzados.

A sequência de atos públicos se estende há mais de dez dias e visa pressionar, ainda, os gestores das Centrais Elétricas de Sergipe contra a perspectiva de demissão de 100 trabalhadores, baixa condição de trabalho e falta de qualidade nutricional dos alimentos fornecidos. Qualquer apoio que venha do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Montagem, Manutenção e Prestação de Serviços segue rejeitado.

Júlio César, porta-voz da classe trabalhadora, lamenta que o grupo siga sem ser convidado para se reunir com os gestores da empresa subcontratada Enesa Engenharia. “Seguimos sem obter resposta quanto aos nossos pedidos e isso tem contribuído para gerar mais desgaste nessa relação que não segue nada produtiva. Precisamos do apoio da justiça para que os problemas sejam solucionados”, disse.

Por meio de nota a Enesa Engenharia informou que na audiência realizada ontem (22), o desembargador presidente, Thenisson Santa Dória, determinou a manutenção de efetivo mínimo de trabalhadores no percentual de 40% para a prestação de serviços na obra da termoelétrica, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento, aplicável tanto ao SINDMONT como às pessoas físicas integrantes da paralisação. Informou ainda que o julgamento da legalidade da greve foi transferido para o dia 30 de agosto.

A nota disse ainda que o acesso principal ao local é garantido pela Polícia Militar, por meio de medida liminar na ação de interdito proibitório expedido pelo Poder Judiciário do Estado de Sergipe.

Quanto aos benefícios pleiteados pelos manifestantes, a empresa diz que anteriormente, já havia sido negociada a concessão de plano de saúde para os funcionários, que terá vigência a partir de 1º de setembro de 2018, enquanto a Participação nos Lucros e Resultados encontra-se em fase final de negociação com o sindicato da categoria. “Ressalta-se que outros benefícios foram atendidos em convenção coletiva, como o reajuste salarial acima da inflação (2,5%), aumento da cesta básica e folga de pagamento”.

*Matéria alterada para acréscimo de nota.

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