Festejos juninos em Aracaju devem ocorrer sem fogueira
Em Estância, terra do barco de fogo, fogos de artifício também foram proibidos Cotidiano | Por Aline Aragão 17/06/2020 16h00O novo decreto divulgado hoje (17) pela Prefeitura de Aracaju recomenda à população que não acenda fogueiras durante os festejos juninos. A medida, segundo o prefeito Edvaldo Nogueira, contribui para evitar o surgimento de novos casos de sindromes respiratórias provocadas pela inalação da fumaça, algo bem comum nesse período, e dessa forma, evitar uma sobrecarga do sistema de saúde.
“O coronavírus ataca principalmente os pulmões e a fumaça pode provocar o agravamento do quadro, porque aumenta a incidência de doenças respiratórias. Então estamos recomendando aos aracajuanos que não acendam fogueiras e nem fogos de artifício em comemoração aos festejos juninos. Peço que cada um, pela sua consciência, nos ajude. E esse é um apelo que quero reforçar porque até mesmo esse processo de reabertura vai depender do empenho da sociedade”, justificou.
De acordo com os dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Aracaju tem 9.849 casos confirmados de covid-19, com 160 óbitos. Há 226 pessoas internadas nas redes pública e particular. Destas, 73 estão nos leitos municipais de retaguarda, o que representa uma taxa de ocupação de 64%.
Estância
Na semana passada o município de Estância também proibiu através de decreto o acendimento de fogueiras. No município do Sul sergipano, terra da guerra de espadas e do barco de fogo, também foi proibido soltar fogos de artifício.
Segundo a prefeitura, a medida foi tomada em virtude da alta ocupação dos leitos de UTIs do Hospital Regional e de todo o Estado, bem como pelo número de queimados que procuraram a rede hospitalar em 2019, que totalizou mais de 100 pessoas.
Fogos de artifício
O Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE) já havia emitido um alerta à população sobre a comercialização de fogos. De acordo com a nota, a venda de fogos está proibida, tendo em vista que "nenhum local no Estado passou, este ano, pelo processo para receber o atestado de regularidade emitido pela corporação para a comercialização de fogos de artifício".
Ainda segundo o CBM, esse atestado refere-se ao espaço físico, à observação de todas as medidas que precisam ser adotadas com relação à segurança contra incêndio. "Esse processo para emissão de atestado não aconteceu em virtude desse tipo de comércio não estar liberado para funcionar no Estado, por conta da pandemia de coronavírus, de acordo com o Decreto Nº 40.613* de 08/06/2020".





