Pacientes com câncer ficam sem tratamento de braquiterapia em Sergipe
Segundo a SES, tratamento foi retomado com a contratação de nova empresa Cotidiano | Por Fernanda Araujo 17/01/2020 17h15As pacientes oncológicas que necessitam iniciar a braquiterapia ficaram sem o tratamento em Sergipe. Ao todo, 20 mulheres que sofrem de câncer no colo do útero aguardam para começar a braquiterapia disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o tratamento retornou com uma nova contratação de uma empresa em caráter emergencial. Nesta sexta-feira (17), a empresa localizada em Aracaju contactou as pacientes e iniciou o reagendamento da consulta com o radioterapeuta. A contratação se deu depois que a empresa anterior não havia conseguido cumprir com o prazo de entrega de uma fonte utilizada no aparelho que realiza o tratamento.
Desde o ano passado, a braquiterapia na saúde pública de Sergipe está sem funcionar. "Está parada há um ano por falta de uma fonte. A fonte é comprada na Bélgica, mas ela não foi adquirida", diz Sheyla Galba, integrante do Grupo Mulheres de Peito.
De acordo com a assessoria da pasta, a empresa que fornece a fonte de irídio prometeu que a entregaria no início de dezembro passado. No entanto, a empresa não conseguiu cumprir o prazo devido ao fato de a peça ficar retida na importação do Porto de Salvador. Para as pacientes não ficarem sem assistência, segundo a SES, um contrato emergencial foi feito em uma unidade de Arapiraca (AL), cujo prazo se encerrou no dia 15 de novembro passado.
Desde então, 20 mulheres que precisavam iniciar o tratamento não conseguiram fazê-lo, segundo Sheyla Galba. "A Secretaria encerrou o contrato e ficaram 20 pacientes que precisam com urgência e estão impossibilitadas porque Sergipe não está oferecendo. O tratamento é feito para mulheres que têm câncer de colo de útero. As mulheres precisam fazer cirurgia, quimioterapia, radioterapia e, em seguida, é necessário que façam a braquiterapia. Se demorar muito, elas podem ficar com ressecamento e com sangramento na região genital", alerta.
A Secretaria de Saúde informa que o novo contrato foi firmado com outra empresa depois que a anterior declarou que só conseguirá resolver o desembaraço no Porto de Salvador em 15 ou 20 dias. Ainda de acordo com a pasta, a Regulação do Estado já está liberando a oferta para o sistema e a empresa está fornecendo sua programação para atender às pacientes.





