Sergipe
Pacientes oncológicos do Huse estão sem remédios para seus tratamentos
Secretaria da Saúde afirma que tem encontrado dificuldades nas licitações
Cotidiano | Por Saullo Hipolito 03/03/2021 14h05

Os pacientes oncológicos do Hospital de Urgência Governador João Alves Filho (Huse) estão vivendo meses de precariedade em seus tratamentos. De acordo com a informação apurada pelo F5 News, e confirmada pelo grupo Mulheres de Peito, os medicamentos Bleomicina e Dacarbazina estão em falta. Eles são utilizados na quimioterapia para o tratamento de linfoma e carcinoma.

O problema, que já se tornou recorrente, chegou ao Mulheres de Peito na semana passada, após um pedido de ajuda de um paciente do sexo masculino, que está com Linfoma de Hoking. Segundo o que foi informado ao grupo, o risco é de o quadro de saúde dele se agravar, ao ponto de levá-lo a falecer, pela falta dos medicamentos.

Ao entrar em contato com o setor farmacêutico do Huse, o grupo ouviu que não há previsão dos medicamentos chegarem. A informação foi similar ao que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou ao F5 News por meio de nota na manhã desta quarta-feira (3): “A previsão da Secretaria de Saúde é finalizar o processo de aquisição dos medicamentos o mais breve possível para imediata regularização do estoque”.

Conforme a nota, há um determinado tempo, existe uma dificuldade para comprar medicamentos, particularmente os oncológicos, pela SES. Desde o segundo semestre do ano passado, a Coordenação de Licitação da pasta da Saúde realizou três licitações via pregão, para aquisição de medicamentos oncológicos  (entre eles a Bleomicina e Dacarbazina), mas sem sucesso, uma vez que as licitações ou deram desertas ou fracassaram porque os arrematantes não atenderam aos critérios técnicos do edital, prejudicando assim o processo licitatório.

As justificativas apresentadas pelas empresas fornecedoras para não participarem das licitações são várias, entre elas, que estão com falta de matéria-prima para a produção dos medicamentos ou insumos em questão.

A Saúde ainda informou que realizará nova licitação, buscando meios de contratação de forma direta através de adesões a atas ou por dispensas com base e fundamento na emergência da situação, ante o fracasso de mais de duas licitações, tudo para dar agilidade à regularização do fornecimento dos medicamentos oncológicos.

Edição de texto: Monica Pintosh
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