A falta de medicamentos no Centro de Atenção à Saúde de Sergipe (Case), em Aracaju, tem levado a desassistência a pacientes renais crônicos. Há pelo menos dois meses, segundo os pacientes, dois medicamentos essenciais para o tratamento estão em falta.

Segundo o presidente da Associação dos Renais Crônicos e Transplantados de Sergipe (Arcrese), José Lúcio Alves, pacientes relataram que estão sem tomar a Azatioprina desde o início deste mês por estar em falta no Case e ainda não há previsão de chegada.

Alguns pacientes informaram que estiveram no Centro para pegar o medicamento, mas retornaram para casa sem resposta positiva. A Azatioprina é utilizada, por exemplo, em procedimentos que influenciam a resposta imunológica do paciente.

Outra medicação em falta há dois meses e sem data de entrega, segundo eles, é a Ciclosporina. " É um remédio imunossupressor que atua controlando o sistema de defesa do organismo, utilizado para evitar a rejeição de órgãos transplantados ou para tratar algumas doenças autoimunes como síndrome nefrótica”, explica Lúcio Alves.

Os medicamentos, de acordo com o presidente da Arcrese, são utilizados para evitar a rejeição ao órgão transplantado, no entanto, a falta deles tem sido recorrente, bem como de outros medicamentos utilizados pelos renais. “Eles são indispensáveis para o tratamento. Sem eles o paciente perde o rim”, lamenta Alves.

Ao F5 News, a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde informou que o estoque do Case possui o Ciclosporina de 25 mg e o de 100 mg, faltando apenas o de 50 mg, como também o medicamento Azatioprina.

Ainda segundo a pasta, o atraso na entrega dos medicamentos se deve a dificuldade de aquisição, no entanto, a empresa responsável por fornecê-los disse que os medicamentos devem ser entregues na próxima semana. 

Atualizado para acréscimo de informações da SES