Pais cobram abertura de turmas com horário regular em escola estadual
Turma do primeiro ano médio não deve ser aberta por falta de demanda, diz Seduc Cotidiano | Por Fernanda Araujo 13/03/2019 18h30 - Atualizado em 14/03/2019 10h39Pais e alunos da escola estadual Gonçalo Rollemberg Leite, no bairro Grageru, zona Sul de Aracaju (SE), estão na bronca com uma mudança do horário regular para apenas integral proposta pela Secretaria de Estado da Educação, Esporte e Cultura (Seduc).
Na unidade educacional, que já havia aderido ao ensino integral, os pais de alunos do ensino médio afirmam que no momento da renovação das matrículas apenas estava disponível o horário integral, e o regular estaria suspenso, mesmo após um acordo feito em abril do ano passado.
Representantes do Conselho Escolar, formado por pais e professores, relatam que a escola teria sido inserida no ensino integral sem conhecimento do conselho, que entrou com ação no Ministério Público pedindo abertura de turmas no ensino regular. No MP, foi determinado que se mantivesse as duas modalidades, caso contrário retirasse o integral, acordo acatado inicialmente pela Seduc.
“O Conselho deliberou abertura de duas turmas de 1º ano médio convencional, sendo uma pela manhã e uma pela tarde para o ano letivo de 2019, e uma turma do sexto ano à tarde solicitou que fosse colocado no sistema. Mas nos deparamos com a situação de que não tinha como renovar no horário regular, alunos da casa que estudam há três, cinco anos, tiveram a matrícula negada e estão sendo despejados da escola”, disse à TV Atalaia Josenildo Beserra, um dos representantes e pai de aluno.
De acordo com o Conselho, a Diretoria de Educação teria ordenado retirar as turmas do sistema e mais de 40 alunos que passaram para o 1º ano tiveram a matrícula para o horário regular negada. “Estamos com uma lista dos alunos para os quais foi negada a matrícula por conta desse ato ilegal e esperamos providências urgentes”, também publicou Josenildo em sua rede social, alegando transtornos para a comunidade escolar, violação dos direitos e desrespeito aos alunos, ao Conselho e ao MP.
“Estão todos assustados, conversamos com os pais e pegamos os nomes dos que querem manter o filho na escola, até porque não está tendo vaga. Se fecham turmas por conta do ensino integral e está sendo negado o direito do estudante continuar na escola”, afirmou a mãe de um aluno, Ana Lúcia.
Segundo a Secretaria, na unidade o número de matrículas para o ensino regular foi insuficiente para abrir as turmas. O turno da manhã obteve apenas 21 alunos matriculados, enquanto no integral houve 110 matrículas. No ano passado, 26 foram matriculados pela manhã e 101 no integral. “O MP decidiu que fosse aberto se houvesse demanda. Este ano não vamos abrir o regular porque foi muito baixa”, informou a assessoria.
A assessoria disse ainda que a maioria dos alunos que procurou se matricular no colégio é proveniente de outros bairros, como o Santa Maria, onde existem escolas com ensino regular e matrículas abertas. Ao todo, são 30 mil vagas em aberto. “A gente precisa reordenar matrícula. Temos escolas do Augusto Franco com vaga sobrando e tem alunos de lá que vão para o Gonçalo, e o transporte é disponibilizado. Eles precisam procurar escolas de suas comunidades”.
Todas as matrículas são feitas somente de forma online, através do site oficial da Educação do Estado, e outro método não é validado no sistema. O período letivo se inicia no próximo dia 25, e ao todo, são 42 escolas estaduais em tempo integral, no primeiro, segundo e terceiro anos do Ensino Médio.


Falta de acesso à habitação persiste e desafia efetivação da cidadania

Testagem ocorre a partir das 8h, na área externa da UBS Carlos Hardmam.

Os contratos terão duração de até um ano, com possibilidade de prorrogação

Homem foi flagrado pelas câmeras de segurança do Ciosp levando uma porta

Secretária Mércia Feitosa lembra necessidade de reduzir ocupação de leitos