Para Sinpol, chega de "oba-oba" na Polícia Civil
Cotidiano 05/10/2011 12h04

Por Fernanda Araujo

O Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol) realizou na manhã de hoje uma manifestação em frente à Secretaria de Segurança Pública (SSP), na praça Tobias Barreto. Os sindicalistas reivindicam que as propostas do sindicato sejam analisadas pelo governo do Estado.

Os servidores se mobilizaram perante a discordância da ‘Comissão de Lei Orgânica’, uma proposta da Superintendência da Polícia Civil (PC) que, segundo eles, não atende a todos os segmentos da categoria. A lei tem o objetivo de  organizar o funcionamento da policia civil, disciplinando os cargos e atribuições.

“Nós entendemos que a comissão transformada pela superintendência não representa os anseios da categoria, apenas os anseios de um segmento da polícia, dos delegados. A campanha é ‘Lei Orgânica para todos’. A lei tem que ser boa para todos os servidores, para garantir os deveres e os direitos. E tem que ser para a população, onde a polícia passa a ser estruturada do ponto de vista do cidadão e não do poder”, avalia o presidente do Sinpol, Antônio Moraes.

Segundo o presidente, a ideia é que haja um consenso entre as partes e um tratamento homogêneo a todos os servidores da PC, sem imposição, analisando, portanto, as propostas do sindicato. Entre elas, uma que visa a fusão dos cargos de base, ou seja, os cargos de agente auxiliar e escrivão são transformados em investigador, o qual passa ter o poder de polícia efetiva, podendo lavrar boletim de ocorrência, fazer flagrantes, dirigir delegacias em cidades menores, sob a supervisão dos delegados de polícia.

“Isso é uma maneira de desconcentrar a atuação, cidades como Pedra Mole e Pinhão estão sem policiamento civil eficaz porque não há estrutura para compor esse policiamento. O sindicato quer oferecer uma proposta de estrutura”, explicou Antônio Moraes.

O sindicalista afirmou que a população precisa de uma polícia civil moderna e mais próativa. “Chega de midiatização da polícia, chega de operações com nomes engraçados que prendem pessoas e não diminuem a criminalidade. Chega de ‘oba-oba’, queremos uma polícia permanente e que traga efetivamente uma redução da criminalidade. Precisamos tirar os ternos e as gravatas e colocar o pé na lama para trabalhar com a população’’.

Moraes relatou ainda que o sindicato não tem pretensão de greve, mas encaminhará um documento ao governador Marcelo Déda (PT), solicitando a intervenção do secretário de Estado da Articulação Política e das Relações Institucionais, Chico Buchinho, para que ele possa intermediar na negociação com o Sinpol e a Superintendência. “Nós estamos discutindo é uma transformação na polícia civil. Precisamos oferecer um serviço melhor, estamos pecando na estrutura e na gestão. A gestão hoje é amadora e por isso não traz resultados concretos à população”, resume.

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