Parada há mais de cem dias, radioterapia do Cirurgia não será reativada
Hospital ainda não tem previsão de quando novo equipamento deve funcionar Cotidiano | Por Fernanda Araujo 28/11/2018 14h30 - Atualizado em 28/11/2018 17h41A máquina de radioterapia do Hospital Cirurgia, em Aracaju (SE), quebrada há mais de cem dias, não vai voltar a funcionar. A direção da unidade confirma que descartou a reativação da máquina que apresentou defeito em agosto.
A atual gestão do hospital já havia informado que a máquina, fabricada na década de 70, está obsoleta e não existe fabricação de peças regulares, o que demanda tempo todas as vezes que ela apresenta necessidade de troca de peças. Enquanto isso, de acordo com a unidade, o hospital “focará forças na implantação da nova máquina, e está buscando apoio e recursos financeiros”, mas não deu previsão para isso ocorrer.
Os pacientes transferidos para o Hospital de Urgência (Huse) seguem em tratamento. O terceiro turno da radioterapia aberto em outubro para absorver os pacientes oncológicos disponibilizou 40 vagas para os que estão concluindo o tratamento, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.
O Centro de Oncologia do Huse afirma que, de janeiro a outubro, o setor de radioterapia registrou 630 pacientes que iniciaram o tratamento, desse total 511 já o concluíram o que representa 81%. “Somente no mês de outubro, 3.239 consultas foram realizadas no ambulatório de oncologia”, informa a SES.
Apesar do terceiro turno no Huse, de acordo com o Grupo Mulheres de Peito, que representa mulheres com câncer no estado, é preciso que o tratamento tenha continuidade no Cirurgia. Em entrevista recente ao F5 News, a vice-presidente do Grupo, Sheyla Galba, afirmou que as máquinas não suportam a demanda, algumas pacientes ainda não teriam iniciado o tratamento e outras ainda sofrem com interrupções.
Mas, de acordo com a SES, através da física médica do Huse, Katiúcia Bomfim, os dois equipamentos de acelerador linear estão tratando pacientes a contento e sem atrasos, além disso, o terceiro turno continuará funcionando para atender e agilizar os tratamentos.
F5 News questionou a pasta e a direção do hospital quanto aos pacientes que ainda aguardam na fila de espera para o tratamento, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.
Falta de medicamentos
O setor de enfermaria do Huse começou a ser reabastecido com Taxol e Carboplatina que estavam em falta desde a semana passada e início do mês, respectivamente, essenciais para quem toma os medicamentos semanalmente. O Taxol é utilizado exclusivamente no tratamento de câncer de mama e a previsão era que os medicamentos chegassem ao Huse na terça (27).
Segundo a assessoria da SES, a pasta solicitou empréstimo de 40 frascos deTaxol que foram utilizados ontem e hoje, média de 20 por dia. A previsão é que na quinta (29) mais mil frascos oriundos de licitação cheguem ao hospital. Ainda outros seis mil frascos do medicamento foram providenciados. “A respeito da Carboplatina, o medicamento chegou hoje, são 289 frascos e será disponibilizado a partir da tarde”, diz.
O atraso do Taxol, de acordo com a pasta, se deu por conta de problemas burocráticos, em que a empresa primeira colocada na licitação alegou falta de condições de entrega. A secretaria fez uma nova licitação e mesmo assim teve dificuldades em adquirir o remédio. No caso da Carboplatina, no dia 5 de outubro, o fornecedor recolheu todo o lote alegando problemas de fabricação – o que fugia do planejamento da SES.
Ainda conforme a SES, no final do ano é comum ter problemas de abastecimento tendo em vista interrupção temporária das indústrias por férias coletivas. “Para não haver desabastecimento o secretário pediu para dobrar a quantidade de medicamentos no final do ano e estamos mantendo o pagamento em dia dos fornecedores”, completa.
*Atualizado para correção de informações


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