A Polícia Civil de Sergipe deve instaurar um inquérito para apurar as circunstâncias da morte de um adolescente de 16 anos durante um confronto com a Polícia Militar, nesse final de semana, na zona de expansão de Aracaju. O menor é acusado de envolvimento no latrocínio (roubo com morte) que vitimou o sargento Borges, em setembro deste ano.

Em entrevista ao F5 News nesta segunda-feira (15), o comandante da Polícia Militar, coronel Marcony Cabral, refutou as criticas feitas por parte da população da localidade a respeito da abordagem dos policiais do Batalhão de Turismo.

“Nós confiamos no trabalho dos PMs que atuam no BPTur. É natural que esse tipo de comoção aconteça, mas precisamos ter a responsabilidade de fazer a investigação devida, saber o que realmente aconteceu, porque  a polícia de Sergipe não é uma policia de extermínio, é uma policia séria, que trabalha dentro dos limites da lei”, afirmou o coronel.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), havia um mandado de apreensão em aberto contra o menor, investigado pelo Completo de Operações Policiais (Cope) por suspeita de participação no assalto que culminou na morte do policial no povoado Matapoã, na Zona  de Expansão de Aracaju, no mês passado.

No curso do inquérito, salientou Marcony Cabral, deve ser esclarecida a dinâmica da abordagem policial do sábado (13). “Nesse primeiro momento posso garantir que a polícia de Sergipe não é uma polícia de extermínio, é uma polícia que trabalha em prol da sociedade. A policia não chega atirando, chega fazendo o seu trabalho, pois não podemos permitir que numa troca de tiros um inocente morra”, reforçou o comandante da corporação.

Esse é o quarto suspeito de participação na morte do sargento Borges morto durante confronto policial. O caso ainda está sendo investigado pela Polícia Civil, que não descarta o envolvimento de outras pessoas ligadas ao comércio ilegal de entorpecentes na área onde aconteceu o crime.