Pediatrias do Santa Isabel e do Huse voltam a receber reclamações
"A gente espera uma melhora, mas promessas não saem do papel", diz usuária
Cotidiano | Por Saullo Hipolito* 29/04/2019 11h30 - Atualizado em 29/04/2019 11h42

Os pacientes do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e do Hospital Maternidade Santa Isabel, em Aracaju, voltaram a reclamar da demora nos atendimentos pediátricos nas unidades, na manhã desta segunda-feira (29). As administrações locais ainda não se manifestaram sobre o caso até a publicação da matéria.

Com os dois filhos doentes, Eliane Soares Batista (foto) está desde sexta-feira (26) frequentanto a unidade do Santa Isabel, no bairro Santo Antônio. Durante suas idas e vindas, ela enfrentou muita demora e viu a piora do casal de filhos. A pediatria do local ainda opera com plantão restrito.

Pamela, a filha de oito anos, apresentou um quadro febril na sexta-feira (26), ao chegar ao local, às 13 horas, a demora para o atendimento - cerca de quatro horas - aconteceu, de acordo com relatos dos enfermeiros, devido à presença de cinco crianças com estado mais grave. "Ela estava com muita febre, dor na garganta e dor na cabeça, devido à sinusite e não podia ficar assim", afirmou a mãe.

Ao ter a filha atendida e devidamente medicada, Eliane voltou para casa por volta das 21h. Mas no domingo (28), retornou com seu outro filho, Pablo, de seis anos. O quadro do menino era complicado, mas o problema continuou. "Ele chegou com febre alta, por ter problemas não pode atingir uma temperatura superior a 38, com a demora no atendimento o estado dele piorou e ele sofreu convulsões", afirmou a mãe, que confirmou o atendimento só após a piora.

Com seu filho já na sala, sendo medicado, o marido de Eliane chegou na manhã desta segunda-feira (29), novamente com a garota apresentando febre alta. Desde as 7h no local ela ainda não havia sido atendida. "É uma situação triste que o pobre passa", avaliou.

No Hospital de Urgência de Sergipe a situação encontrada é similar. A usuária da unidade Michele Alves é tia de Maira Glória Alves, de 8 anos, é avalia que a situação no Huse é humilhante.

"É um descaso, a gente fica mais de horas no aguardo e nada acontece. Isso é uma falta de respeito com o ser humano. É um problema recorrente, a gente espera uma melhora, mas não dá para acreditar", disse.

Apresentando um quadro febril, com diarreia e dores nas pernas, a menina passou por uma avaliação, mas já fazia duas horas que ela estava no local e não havia recebido nenhum medicamento. "A gente espera uma melhora, mas as promessas de governo não saem do papel. Na prática nada acontece e a gente fica aguardando", afirmou a usuária.

* Estagiária sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo.

 

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