Três pessoas foram presas durante operação ‘Carteira Fácil’, deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira (14), em Aracaju. De acordo com as investigações, o grupo criminoso falsifica e comercializa diversos documentos públicos e privados na capital sergipana.

Além dos mandados de prisão temporária, os agentes federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão, pelos quais foram apreendidos documentos e várias carteiras, além de uma quantia em dinheiro e um veículo. A investigação teve início no ano de 2016 e os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Aracaju. Dentre os crimes investigados, está o de lavagem de dinheiro.  

Em uma conversa através de um aplicativo de mensagem, um dos envolvidos informava os valores dos produtos, entre eles habilitação para o transporte escolar por R$ 160; certificado do ensino médio por R$ 250 e habilitação para operar guindaste por R$ 800.

"Durante as investigações, foi possível revelar a estrutura do grupo criminoso, sendo identificados o líder do grupo, que comercializa os documentos; o filho do líder, que o auxilia nos afazeres; e o dono de uma gráfica, que falsifica os documentos", informou a PF.

O delegado federal César Pereira disse que já iniciou a ouvida dos envolvidos e que também está intimando as pessoas que compraram ou intermediaram a compra e venda de documentos falsificados. "Inclusive um dos arregimentadores já compareceu e confessou a participação no esquema", disse. 

Entre os documentos falsificados pelo grupo estão certificados de ensinos fundamental, médio e superior, diplomas de cursos profissionalizantes e de capacitação (movimentação operacional de produtos perigosos, transporte de cargas e de pessoas, trabalho em altura, segurança do trabalho, atestados médicos, curso de porteiro) e carteiras do Sesc/Senac e Sest/Senat.