Piscinas podem se transformar em focos de dengue
Cotidiano 31/08/2011 10h04As piscinas estão sempre na lista das queixas da comunidade em relação à suspeita de dengue, e a preocupação não é à toa, já que a piscina pode se transformar em um criadouro. Para evitar que as larvas se proliferem no local, alguns cuidados devem adotados por quem tem piscina em casa.
O principal cuidado é a limpeza. As piscinas devem ser mantidas limpas e cloradas semanalmente, e somente assim não serão focos para o mosquito. Caso a piscina não seja de uso frequente, é bom prevenir. Segundo a coordenadora do Programa de Combate à Dengue em Aracaju, Taíse Cavalcante, além da limpeza, os agentes orientam a cobertura.
"Assim como as lavanderias que funcionam como depósito de água, as piscinas em desuso podem ser criadouros do Aedes aegypti. A incidência direta de sol nas piscinas não permite o desenvolvimento da larva, mas o pouco acúmulo de água em uma parte sombreada nas piscinas em desuso pode se transformar em criadouro. Um cuidado importante é a colocação de cobertura de proteção para evitar o contato do mosquito com a parte interna da piscina", afirma.
Já as piscinas portáteis e infantis, devem ser mantidas secas e guardadas quando não estiverem em uso. Essa é a única forma de evitar que essa diversão para crianças se transforme em um risco para a família e para toda a vizinhança. Neste caso, a atenção deve ser dobrada e a piscina escovada, seca e dobrada, porque se não estiver bem seca, o plástico quando guardado pode acumular água e, estando em um local aquecido e à sombra, pode se transformar em um foco.
"O mosquito deposita os ovos nas paredes da piscina, logo acima do nível da água. Esses ovos ficam colados à parede e resistem por até dois anos. Se nesse tempo, esses ovos entrarem em contato com a água, eles eclodem e em poucos dias viram larvas", explica Taíse.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Silvio Santos, a temperatura alta requer cuidados redobrados da população. "As crianças querem tomar mais banho de piscina, o clima fica quente, o que vai criando um ambiente favorável à proliferação do mosquito. É bom lembrar também que as bordas internas e externas das piscinas devem ser escovadas para destruir os ovos depositados pelo mosquito. Uma piscina mal cuidada é uma ameaça à saúde de muitos moradores", alerta Silvio Santos.
A piscina abandonada na vizinhança é outro perigo para a população. Primeiro, a preocupação inicial deveria partir do próprio dono do imóvel ou da imobiliária, caso esteja à venda. Neste caso, o morador deve ligar para o número da Vigilância Epidemiológica (79) 3179-1000, informando a situação para que sejam tomadas providências pelo Programa Municipal de Controle da Dengue.
Uma piscina com acúmulo de resíduos ou sujeiras quando a água está escura ou esverdeada, não representa o local favorável para o desenvolvimento do mosquito. Outras espécies podem surgir, mas ainda não existe a comprovação do desenvolvimento do Aedes aegypti nessa situação.
As piscinas de clubes e escolas de natação são sempre motivo de questionamentos, mas se estão sendo usadas, o movimento da água e a própria cloração não permitem o desenvolvimento do transmissor da dengue.
Água sanitária
Outra dica importante é, em períodos sem uso, reduzir ao máximo possível o volume de água e aplicar semanalmente água sanitária. Tomando o exemplo de 500 litros de água, a quantidade varia conforme a concentração de cloro ativo. Derrame um frasco (litro) com concentração de 2,5%. Caso a concentração seja de 2%, a quantidade de água sanitária será de um frasco e um copo (1250ml). Se for utilizado cloro ativo a 5%, basta despejar meio frasco de água sanitária (500 ml) a cada 500 litros de água de piscina. Lembrando que a água sanitária só deve ser usada em água não destinada para consumo humano e em piscina desativada sem risco de uso.
FOTO: Ascom/SMS


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