PMA realiza mutirão de combate ao Aedes aegypti no Japãozinho
Na ação, foi utilizado um drone para mapeamento de possíveis focos na região Cotidiano | Por Agência Aracaju de Notícias 06/07/2019 15h00 - Atualizado em 07/07/2019 15h53Embora a capital sergipana não esteja entre as cidades brasileiras com risco de surto ou epidemia de doenças como dengue, zika e chikungunya, a Prefeitura de Aracaju iniciou as ações do Plano de Intensificação de Combate ao Aedes aegypti. Neste sábado, 6, como uma das 20 diretrizes do plano, um mutirão foi realizado no bairro Japãozinho, reunindo, de forma inédita, diversas secretarias e órgãos da administração municipal com o intuito de orientar a população e eliminar os focos e criadouros do mosquito. Na ação, participaram mais de 100 pessoas, entre servidores e agentes, e foi utilizado um drone para mapeamento de possíveis focos na região.
A atenção da Prefeitura se intensificou em decorrência do aumento dos casos de doenças ligadas ao Aedes aegipty em outras cidades do Estado de Sergipe e nas regiões Sul e Sudeste do país. Assim, para que Aracaju não entre nos históricos negativos, a gestão convocou uma força tarefa, cujo a principal parceria é com a população.
De acordo com a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza, a ação integrada é uma campanha que visa, sobretudo, a prevenção. “O prefeito Edvaldo Nogueira convocou os secretários e reforçou esse batalhão que estará nas ruas, tanto eliminando os focos, orientando a população, como fazendo o combate às larvas, aos ovos, ao mosquito. Ontem, cerca de 350 agentes de limpeza receberam treinamento para agregar o combate ao mosquito à rotina de trabalho. No entanto, precisamos chamar a atenção da população para o seu papel na situação. No último levantamento realizado, mostrou que 80% dos focos foram encontrados dentro das residências. Por isso, é de extrema importância que as pessoas se conscientizem das suas próprias ações”, alertou a secretária.
A tecnologia foi parte importante do mutirão, como explicou o secretário municipal do Meio Ambiente, Alan Alexander Lemos. “Disponibilizamos o drone de alta resolução. Assim como no Japãozinho, a cada mutirão faremos o mapeamento da região onde a ação será realizada. O drone alcança até cinco quilômetros e, com base nas imagens, o trabalho passa a ser otimizado porque realizamos a ação nos lugares que estão mais necessitados. Usando a tecnologia para otimizar os recursos e amplificar os resultados, seguimos as diretrizes do Planejamento Estratégico da gestão, transformando Aracaju numa cidade inteligente”, ressaltou.No quarto Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de 2019, divulgado no último dia 1º, Aracaju registrou um índice de 1,8, sendo que no anterior, a capital apresentou um índice de 1,2. Mesmo com o leve aumento, a cidade se manteve na classificação de médio risco, o que não significa que se deve descuidar, pelo contrário.
“Percebemos que, do segundo LIRAa para o terceiro, embora o bairro Japãozinho esteja na classificação de médio risco, houve um ligeiro aumento do índice que subiu de 1,9 para 2,9. Então, é preciso que a gente faça uma intensificação para que desse levantamento para o próximo não haja aumento. Precisamos agir agora. Essa ação de hoje é de extrema importância porque estamos conversando com a população, levando educação em saúde que é fundamental. É a ação da população que vai resolver o problema do mosquito, não somente do poder público. É preciso uma parceria. Esperamos que, com essas ações, os índices de Aracaju voltem para a situação de baixo risco, que era o que tínhamos no ano passado”, reforçou o gerente do Programa Municipal de Combate ao Aedes aegypti (PMCA), Jeferson Santana.
Segundo o gerente do PMCA, em Aracaju, além do Japãozinho, os demais bairros da zona Norte também foram classificados como médio risco, a exemplo do Porto Dantas, Santos Dumont e Lamarão. “Em outra região, temos ainda o Santo Antônio e o bairro Industrial que estavam com índice de 7,0, considerados de alto risco de infestação. Precisamos agir nessas regiões para que possamos ter uma situação de controle”, frisou.
Na ação deste sábado, a Secretaria Municipal da Defesa Social (Semdec), esteve presente através da Defesa Civil de Aracaju e da Guarda Municipal de Aracaju (GMA). Segundo o coordenador de Defesa Civil, major Silvio Prado, além dos agentes, o órgão mobilizou também os Núcleos de Defesa Civil da Comunidade (Nudecs). “Estamos juntando forças. Disponibilizamos duas viaturas e oito agentes, além de quatro voluntários do Nudec do bairro Cidade Nova. Nossa intenção é dar mais amplitude às ações e termos o melhor resultado possível. É preciso que estejamos alertas e conscientes com relação ao mosquito”, afirmou.Constantemente, o bairro Japãozinho recebe serviços de limpeza, estes que também foram ampliados na ação deste sábado. “Trouxemos sete equipes de limpeza e uma de educação ambiental para se somar a esta luta. Temos um trabalho intensificado no Japãozinho, tanto na parte de limpeza como também na coleta, desde a coleta normal até os descartes irregulares. Próximo a essa região, fazemos um monitoramento por causa do canal e a limpeza aqui é feita a cada 45 dias. Com a preocupação da Prefeitura, encurtamos esse tempo para 15 dias, fora os mutirões da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) que já estão atuando junto conosco. Acredito que atingiremos o nosso objetivo e contando com o auxílio da população”, considerou o diretor de Operações da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), Bruno Moraes.
Parceria com a população
Assim como o poder público, a população deve estar na linha de frente no combate ao mosquito e esse recado a aposentada Ivanilza Pereira, moradora do Japãozinho há mais de 20 anos, já entendeu bem. “Há uns 10 anos, tive dengue e, infelizmente, só depois disso que passei a me preocupar mais. Na minha casa, estou atenta sempre e chamo a atenção dos vizinhos também porque não adianta eu cuidar da minha casa e eles não cuidarem das deles. A Prefeitura tem acertado com essas ações de prevenção e precisamos colaborar”, destacou.
No caso de dona Maria Lúcia dos Santos, a preocupação é ainda maior já que ela teve dengue por duas vezes e ainda chikungunya. “Lembro até hoje das dores. Na minha casa, além de mim, meu marido e meus dois filhos tiveram dengue, então, cuido de tudo para não ter foco do mosquito aqui, mas, vejo muito gente que não se preocupa e isso é muito sério. Sempre fico sabendo das ações da Prefeitura que são importantes, porém, tenho consciência que não depende só dela”, pontuou.
Plano
Dentro do plano, foram estabelecidas cerca de 20 diretrizes, entre elas a designação de duas equipes de agentes durante a noite, das 19h às 22h, para visitar casas que estavam fechadas durante o dia; visitação de todas as escolas para eliminação dos focos; trabalho de campo em quatro sábados por mês; aplicação do fumacê costal; realização do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) a cada dois meses, como recomendado pelo Ministério da Saúde; realização de mutirões de limpeza; monitoramento quinzenal estratégico dos pontos de proliferação; entre outras.
Ainda neste mês, a Prefeitura realizará outros três mutirões nos dias 13, 20 e 27, com bairros ainda a serem definidos.


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