PMs querem carga horária definida
Eles farão assembleia para definir LOB e escala do Pré-Caju
Cotidiano 03/01/2012 19h31

Por Míriam Donald

No próximo dia 14 de janeiro, policiais militares farão negociação para definir a situação da Lei de Organização Básica (LOB) e dos trabalhos durante o Pré-Caju 2012, no período de 19 a 22 deste mês. Desde o São João de 2011, policiais e bombeiros militares lutam para que a LOB seja aprovada, assim como pedido de definição de carga horária e outras reivindicações.

Na mesma época, um acordo foi feito com o Governo do Estado, onde foi acordado que as Associações Unidas se reuniriam para elaborar um projeto contendo todas as exigências da classe, que foi encaminhado ao governo, mas nada foi decidido.

Além dessa situação, o presidente da Associação dos Militares do Estado de Sergipe (AMESE), o sargento Jorge Vieira da Cruz, afirma que vários militares reclamam do atraso no pagamento das gratificações que recebem, quando participam de eventos.  As Gratificações por Eventos (GRAEs) são pagas a todos os militares que trabalham na segurança de eventos, em sua hora de folga.

Sobre essa questão, o vice-presidente da AMESE, sargento Edgar Menezes, explica que a classe não quer mais a GRAEs, pois não funciona. “Queremos uma carga horária definida como qualquer trabalhador com hora extra. Cabe a alguém querer pagar ou não, é uma lei”.

Questionado sobre uma possível ausência da PM na prévia carnavalesca, ele diz que a sociedade não tem nada a ver com isso e que em momento algum estão incentivando a falta no serviço ordinário, mas que a folga pode ser decidida. “Deveremos comparecer e dar segurança à população” garante. Ele explica ainda, que vive em uma democracia e não se pode obrigar um trabalhador que esteja e folga a ir ao trabalho e o governo deve estar preparado para resolver esse tipo de problema.

Segundo sargento Vieira, vários militares optam por descansar em sua hora de folga, já que o governo não cumpre com o combinado, mas que não quer deixar a população sem segurança. Ele esclarece que o horário de trabalho é composto pelos PMs e BMs que forem escalados na escala ordinária, mas que os militares que estejam escalados para atuar na escala ordinária serão incentivados para que não o façam, mas que faz questão de trabalhar para uma festa segura para a população.

Reivindicações

Além dessa questão os policiais pretendem dar continuidade ao movimento “Tolerância Zero”, referente à melhoria dos benefícios que devem receber e que ainda não foi oferecida.  Sargento Edgar, desde 2009 o governo “empurra com a barriga”, além de reforçar as exigências. “Estamos falando de nível superior e ticket alimentação da legislação básica, que é o mais importante. Essa legislação vem resolver uma situação triste para a categoria como, por exemplo, a situação de policiais com dezoito anos de carreira trabalhando como soldado. Com oito anos da polícia ele deveria ser promovido de ser promovido a cabo. A partir dessa situação vem o desgaste”, indigna-se.

Além das reivindicações que ainda não foram ajustadas, o sargento faz comparação à Polícia Civil e declara que a PM não está sendo valorizada como deveria.  “Enquanto o policial civil ganha R$ 300,00 por dia no Pré-Caju o soldado militar ganha R$ 80,00. Nada contra o trabalho dos colegas policiais civis. Eles estão no direito e parabenizo-os por isso, mas há desigualdade.”

 

 

 

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