Polícia Civil prende quatro acusados de efetuar golpe em Sergipe
Nesta semana três pessoas foram vítimas; prejuízo é estimado em R$ 200 mil Cotidiano | Por Saullo Hipolito* 02/08/2018 13h15 - Atualizado em 02/08/2018 13h24A Polícia Civil, por meio do Departamento de Crimes de Defraudações e Crimes Cibernéticos (DRCC), efetuou a prisão em flagrante na manhã desta quarta-feira (1) de quatro pessoas envolvidas em golpe relacionado à comercialização de automóveis por um site de vendas, praticado em diversos Estados do Brasil.
Segundo a delegada Rosana Freitas, no momento da prisão, os criminosos estavam em um banco no bairro Siqueira Campos, zona Oeste de Aracaju, sacando a quantia depositada por uma vítima do Maranhão, aproximadamente R$ 60 mil.
Em uma semana foram contabilizados prejuízos no valor de R$ 200 mil a três vítimas. A polícia já havia notificado outras cinco na metade do mês de julho, com prejuízo acima dos R$ 100 mil.
Ainda não se sabe o total de pessoas que caíram no golpe, a polícia segue investigando. “Certamente pela frequência dos golpes, eles fizeram muito mais vítimas”, afirmou a delegada.
O golpe
Mais sofisticado e elaborado, o golpe se baseia na compra e venda de veículos por meio do site OLX, onde comumente são encontrados preços mais acessíveis. A conta para depósito era sempre de outro estado, justamente para dificultar as investigações.
O líder da quadrilha, identificado como José Enrique de Souza Conceição, é baiano e ex-presidiário. Ele é considerado pela polícia um indivíduo de alta periculosidade, pois já esteve envolvido em homicídios e está ligado a uma facção que atua na Bahia.
A única sergipana, Maria Ântonia Santos de Araújo, namorada de José Enrique, atuava como "laranja". Ela cedia contas bancárias e sacava o dinheiro depositado pelas vítimas.
Os outros presos foram Ivan de Souza Conceição, irmão do suposto chefe do bando, e Vilmar Florêncio Silva, que usava identidade falsa e se passava por ‘Paulo Florêncio Silva’.
Todos já foram ouvidos, mas com exceção da mulher que colaborou e prestou declarações, os outros exerceram o direito ao silêncio. É possível que haja mais criminosos. As investigações continuam.
* Estagiário sob supervisão da jornalista Mônica Pinto.


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