Polícia conclui inquérito sobre criança agredida em escola de Socorro
Caso foi encaminhado ao Ministério Público. Menino continua recebendo assistência psicológica Cotidiano | Por Aline Aragão 21/02/2019 16h33 - Atualizado em 22/02/2019 08h18A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso de agressão sofrida por um menino autista em uma escola pública no município de Nossa Senhora do Socorro (SE), e encaminhou o processo nesta quinta-feira (21) ao Ministério Público Estadual (MPE). O vídeo das supostas agressões praticadas pela coordenadora da escola repercutiu nas redes sociais e ela foi afastada do cargo.
De acordo com a delegada Maria do Socorro Carvalho, responsável pelas investigações, o inquérito aponta indícios de possíveis maus tratos, mas somente com a intervenção do MP será possível afirmar.
Durante os 15 dias de trabalho, foram ouvidos funcionários da escola, professores, familiares da criança e a coordenadora.
“Concluímos que a criança é portadora de necessidades especiais e realmente precisava de muito cuidado, cuidados técnicos, mas o município em nenhum momento se refutou a isso, tanto é que nós que temos laudos, temos as informações, relatórios. Mas somente a justiça é que pode aferir se houve maus tratos ou se foi algum deslize por parte da equipe da escola”, afirmou.
A delegada disse ainda que no depoimento a coordenadora falou sobre os vídeos e disse que era um momento onde tentava conter a criança. Que o menino é “agressivo e que tinha o costume, inclusive, de se despir, colocar o vaso de lixo na cabeça e atacar os outros colegas”.
“Ela disse que foi um momento de preservar o menino que estava com o vaso na cabeça. Ela tinha que tentar tirar vaso do rosto do menino e tentar acalmar as demais crianças, mas que em nenhum momento quis maltratar a criança ou teve intenção de atingi-la”, relatou.
Maria Socorro disse ainda que nesse caso, não há necessidade de prisão, já que a coordenadora não tem antecedentes, possui residência fixa e se apresentou voluntariamente.
Relembre
O caso foi registrado na Escola Municipal Pedro Moreira Filho, localizada no Povoado Taiçoca de Fora, em Nossa Senhora do Socorro, região metropolitana de Aracaju (SE). A denúncia partiu de um ex-cuidador da escola, que preferiu não ser identificado. Ele diz que começou a registrar o comportamento da criança como forma de avaliação e estudo, para saber como agir em situações semelhantes, e foi quando percebeu as agressões.
Os vídeos foram gravados em novembro do ano passado e mostram o menino chorando sentando no chão da sala enquanto a educadora segura uma lixeira e pede para que os outros alunos o ignorem, façam de conta que ele não existe. Na sequência é possível ver a criança no canto da sala, enquanto a coordenadora, com o sapato na mão, faz ameaças.
A administração municipal de Socorro disse que já tem conhecimento do caso e que foi aberto um procedimento administrativo disciplinar para apurar a denúncia. Disse ainda que a educadora foi afastada do cargo e que o Conselho Tutelar e órgãos competentes já foram acionados.


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