Polícia Federal aponta navio grego como suspeito por vazamento de óleo
Operação Mácula cumpre mandados de busca e apreensão a representantes da empresa Cotidiano | Por F5 News 01/11/2019 10h53 - Atualizado em 01/11/2019 11h17Uma operação denominada Mácula foi deflagrada nesta sexta-feira (1) em endereços ligados a representantes de uma empresa responsável por uma embarcação apontada como suspeita pelo vazamento da substância oleosa que atingiu todo o litoral do Nordeste. A Polícia Federal aponta que um navio grego pode ter sido o causador do desastre ambiental que já afetou mais de 250 praias nordestinas.
Dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 14ª Vara Federal Criminal de Natal/RN, foram cumpridos na cidade do Rio de Janeiro em sedes de representantes e contatos da empresa grega no Brasil, com o objetivo de apurar a origem e autoria do vazamento de óleo. Manchas da substância, identificada como petróleo cru, surgiram desde o mês de agosto às margens de praias e permanece reaparecendo em estados nordestinos - mais de mil toneladas do material já foram retiradas.
Conforme apurado, o vazamento inicial possivelmente ocorreu no final de julho, entre os dias 28 e 29. A PF conseguiu obter a localização da mancha inicial em águas internacionais, a aproximadamente 700km da costa brasileira, em sentido leste, com extensão ainda não calculada. Através do uso de técnicas de geointeligência e cálculos oceanográficos regressivos, foi identificado um único navio petroleiro que navegou pela área suspeita.
Segundo as investigações que tiveram início em meados de setembro deste ano, a embarcação, de bandeira grega, atracou na Venezuela em 15 de julho, permaneceu por três dias, e seguiu rumo a Singapura, pelo oceano Atlântico, vindo a aportar apenas na África do Sul. O derramamento investigado teria ocorrido nesse deslocamento.
O navio grego está vinculado, inicialmente, à empresa de mesma nacionalidade, porém ainda não há dados sobre a propriedade do petróleo transportado pelo navio identificado. As investigações continuam e diligências em outros países foram solicitadas através de mecanismos de cooperação internacional, pelo canal Interpol, a fim de serem obtidos dados adicionais sobre a embarcação, tripulação e empresa responsável.
A PF afirma que também realiza exames periciais no material oleoso recolhido em todos os estados atingidos, além de exames em animais mortos de asfixia por óleo, assim como a similaridade de origem entre as amostras. Os responsáveis devem responder pelos crimes ambientais previstos nos Artigos 54 e 68 da Lei Ambiental, decorrente do fato de não ter havido comunicação às autoridades acerca do incidente.
A operação foi denominada Mácula por significar sujeira e impureza. As investigações ocorreram em ação integrada com a Marinha do Brasil, o Ministério Público Federal, o IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, Agência Nacional do Petróleo, a Universidade Federal da Bahia, Universidade de Brasília e Universidade Estadual do Ceará, bem como contaram com o apoio espontâneo de empresa privada do ramo de geointeligência.
*Com informações da Polícia Federal


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