Polícia identifica suspeitos de morte de irmão de vereador no Copemcan
DHPP aponta dois golpes de punhal que ocasionaram a morte de Wesley Santos
Cotidiano | Por Saullo Hipolito* 07/02/2019 08h36 - Atualizado em 07/02/2019 11h31

A Polícia Civil, por intermédio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), identificou a causa da morte de um dos detentos do Complexo Penitenciário Doutor Manoel Carvalho Neto (Copemcan). De acordo com as informações, em um banho de sol, dois detentos atingiram a vítima com pedaços de vergalhão. Os objetos perfuro-contundentes foram apreendidos e encaminhados à perícia.

Após o crime, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), em conjunto com o DHPP, comandado pela delegada Thereza Simony, instaurou um procedimento administrativo para descobrir qual a causa da morte de Wesley Santos Silva, de 33 anos, irmão do vereador Anderson de Tuca. A partir das câmeras do complexo foi identificado que a morte não foi causada por uma arma de fogo, como informado inicialmente pelo IML.

“Graças a todo o mecanismo colocado à disposição do Departamento de Homicídios, conseguimos elucidar o crime. Se fosse mantida a versão de arma de fogo, provavelmente esse crime ficaria impune, porque não houve, em momento algum, disparo de arma de fogo que pudesse causar lesão compatível com a descrita no laudo pericial”, disse o secretário da Justiça e Cidadania, Cristiano Barreto.

Os envolvidos no crime também foram identificados. Segundo a delegada do DHPP, eles serão ouvidos até a próxima semana.  Elisson Araujo da Silva, José Aderval Lira de Menezes, Wallas Henrique de Jesus Franco Santos, Edson dos Santos Nascimento e Genilson de Melo Santos Filho serão indiciados pelo crime.

“Fica bem claro [nas imagens das câmeras] que ele é apontado e perseguido no pátio. Ele era o alvo e o objetivo foi conseguido. Após ser atingido duas vezes, um último detento se aproxima querendo atingi-lo, quando ele já estava encostado na grade, mas não tem êxito”, afirma Thereza Simony.

As imagens ainda foram apresentadas à família, para que tivesse um parecer do crime e, segundo o secretário, eles saíram convencidos de que não houve disparos de armas de fogo, mas a utilização de vergalhões, extraidos da estrutura da unidade prisional.

De acordo com o médico legista José Aparecido Cardoso, o laudo da morte ainda não foi liberado pela necessidade de realmente constatar o fato, ou seja, identificar com certeza toda a ação. Ainda conforme a perícia, o ferimento do abdômen foi o que levou a vítima à morte, pois a contusão nas costas foi superficial.

Outra morte

A morte do dia seguinte, que vitimou Marcos José Lima Queiroz, segue em investigação sob sigilo policial. Segundo Cristiano Barreto, a morte foi por contusão, ou seja, por pancadas e o indivíduo morreu dentro da cela.

“A motivação está sendo apurada pelo DHPP e esse fato pode ter ou não envolvimento com o outro crime”, disse o secretário.

* Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo.

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