Polícia identifica três suspeitos do latrocínio de médico na Praia da Costa
Trio integrava bando acusado por roubo na região; um continua foragido Cotidiano | Por Fernanda Araujo 07/01/2019 13h30 - Atualizado em 08/01/2019 15h01A Polícia Civil elucidou o crime que vitimou o médico Iremar de Mecenas Silva, morto na madrugada do dia 21 de dezembro passado dentro da própria residência no município de Barra dos Coqueiros, na Grande Aracaju. Quatro homens foram identificados, mas apenas dois deles serão indicados pelo latrocínio, roubo com morte. Um terceiro suspeito pelo crime está foragido.
Iremar Mecenas estava em sua casa, na Praia da Costa, quando foi golpeado ainda dormindo na cabeça com um pedaço de pau com cerca de um metro, o que causou afundamento de crânio. Da residência foram levadas duas televisões, aparelho de som, celular, correntes e anéis de ouro, relógio e uma mochila com roupas e perfumes. Além disso, os pneus do carro da vítima estavam cortados, mas na residência não havia sinais de arrombamento.
Os irmãos Otávio de Jesus Rocha, conhecido como ‘Chuíco’, 24, e Ozenias de Jesus Rocha, vulgo Bidi, 27, além de Denis Silva Mota, 37, eram custodiados em regime aberto, mas estavam foragidos após terem retirado as tornozeleiras eletrônicas. Na madrugada desta segunda (7) também foi preso o ex-presidiário José Ederaldo Honório Palmeira, ‘Deraldo’, 33, no Estado da Alagoas, no povoado Maribondo.
Segundo a delegada Juliana Alcoforado, do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), responsável pelo caso, os quatro integram um grupo acusado de cometer diversos roubos e invasões na região, mas as investigações indicam que apenas dois dos suspeitos presos tiveram participação direta no crime. A polícia apura ainda a participação de outra pessoa.“Chegamos a certeza de que Chuíco e Deraldo estavam presentes no latrocínio. Ambos confessaram a prática e apresentaram um parceiro deles de apelido Buda, jovem e magro. Estamos trabalhando a informação para qualificá-lo, iremos em breve distribuir fotografias, assim que tiver mandado de prisão”. A polícia ainda não esclareceu quem teria agredido a vítima - “um joga a culpa no outro”, disse a delegada.
Imagens de câmeras de segurança instaladas pelos próprios moradores da localidade ajudaram a identificar os autores do crime. Os dois suspeitos afirmam que encontraram a casa com a porta aberta e que não sabiam que a vítima estaria morta, mas a polícia põe dúvida à versão.
“Dois perceberam que havia uma pessoa dormindo em casa e voltaram para informar ao Deraldo, que estava de vigia na porta. Neste momento eles cortaram o pneu do carro para evitar que alguém fosse atrás deles, cobriram o rosto, um deles pegou o pau num matagal. Deraldo diz não ter visto a hora exata da agressão. No vídeo a gente percebe que ele ficou na porta, mas tem momentos que ele entra na casa e sai com uma televisão. Ele diz que a vítima ficou o tempo todo deitada na cama”, afirmou Juliana Alcoforado.
A delegada conta ainda que os três suspeitos saíram com os produtos em direção de onde pegariam um transporte. Os produtos roubados ficaram com o Deraldo e os demais retornaram para a casa da vítima cerca de 40 minutos depois para buscar os demais pertences - “o que reforça a nossa certeza de que eles sabiam que tinha matado a vítima, senão eles não retornariam”, argumenta a delegada.
Um dos suspeitos alega ainda que parte do material roubado foi vendido por um total de R$ 400 em uma feira do bairro Lamarão, em Aracaju, após terem conhecimento de que a vítima havia morrido.
Bidi foi preso no Bairro Industrial, escondido no telhado de uma casa; Chuíco, no Bairro Rosa Elze na tarde de sábado. Ele tentou fugir dos policiais sobre os telhados de casas vizinhas e foi montado um cerco policial. Com ele foi apreendida uma arma de fogo de uso restrito, grosso calibre, artesanal, configurando crime hediondo. As prisões foram feitas com o apoio da Dipol e da Rádio Patrulha da Polícia Militar.


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