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Polícia já identificou sete vítimas de sextorsão no interior de Sergipe
Fake: homem de 36 anos chegava a cobrar mil reais para não divulgar nudes
Cotidiano | Por Will Rodriguez 04/08/2020 10h06

A Polícia Civil já identificou pelo menos sete menores de idade que teriam sido alvos de um homem de 36 anos acusado de sextorsão no interior de Sergipe. Preso preventivamente, o suspeito é acusado de atrair as vítimas através de perfis falsos na internet para obter vantagens financeiras e sexuais pela não divulgação de imagens íntimas, os conhecidos nudes. 

A investigação, detalhada em entrevista coletiva nesta terça-feira (4), começou há cerca de dois anos. Embora já tenha elementos probatórios de sete adolescentes das cidades de Campo do Brito,  São Domingos e Macambira, no agreste sergipano, o delegado Wilkson Vasco acredita que o suspeito tenha feito muito mais vítimas. Por isso, tenta mobilizar a população para que estimule possíveis vítimas a contribuir para a investigação  através  do Disque Denúncia 181, mantendo o sigilo das fontes. 

O inquérito policial demonstrou que o homem hackeava perfis de outros moradores dessas cidades para criar contas falsas e se aproximar das vítimas. “Ele passava a paquerar mulheres, em especial adolescentes, insistia em conseguir fotos sensuais das vítimas, quando conseguia passava a exigir dinheiro para não divulgar as fotos. Se a pessoa não paga de imediato, ele passa a xingar a vítima para seus amigos de rede social para convencer que sua ameaça é real. Se a vítima está sem dinheiro, exigia sexo”, detalha o delegado.

A Polícia constatou que o acusado recebia entre R$ 600 e R$ 1 mil de cada vítima, de forma parcelada, para não divulgar as imagens. Os valores eram pagos em espécie ou através de depósitos, por isso, a quebra do sigilo bancário do investigado foi solicitada. A investigação também busca esclarecer se há alguma ligação do sergipano com redes de sextorsão em outros estados do país. 

No celular do investigado, foram encontrados vídeos e fotos de crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito ou pornográficas e que foram compartilhados pelo whatsapp. Em depoimento, uma das vítimas afirma ter sido forçada a realizar em torno de dez atos sexuais e, mesmo diante do choro convulsivo, o agressor continuou o abuso sexual. 

Como o investigado se recusava a prestar depoimento, na sexta-feira (31), a Polícia cumpriu um mandado de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão em sua residência em Campo do Brito. Com ele, foram apreendidos um carregador de pistola do tipo bereta; 13 munições calibre 22; um canivete grande; um celular; uma pistola Taurus, modelo bereta; três munições calibre 32; pendrives, CD e um notebook. 

O suspeito já responde por quatro procedimentos criminais pelos crimes de extorsão, estupro, falsa identidade e difamação.
 

Edição de texto: Monica Pintosh
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