Polícia prende mandante do crime contra dono de parque em Boquim
Investigações continuam para prender mais três supostos envolvidos
Cotidiano | Por Saullo Hipolito 27/09/2019 10h00 - Atualizado em 27/09/2019 10h35

A Polícia Civil em Boquim (SE) efetuou a prisão de José Givaldo Andrade, conhecido com Itamar, acusado de ser o mandante da morte de José Carlos dos Santos, o Carlinhos do Parque, no dia 25 de junho, em uma estrada que liga Boquim à Colônia Treze, povoado de Lagarto. A motivação para o crime se deu após a vítima descobrir que José Givaldo estaria efetuando a venda de bilhetes de forma indevida, assim acabando com o faturamento extra que o homem conseguia.

De acordo com o delegado Marcelo Hercos, responsável pela delegacia de Boquim, Itamar trabalhava com Carlinhos em um parque do empresário. O suspeito de mandar o crime realizava a venda de bilhetes repetidamente, com isso, o dono não percebia a fraude e ele arrecadava uma quantia em dinheiro considerável, o que já viria acontecendo há anos.

"A vítima foi alertada dois meses antes de ser morto, com isso, o suspeito passou a ter um tipo de prejuízo, afinal estava arrecadando um valor superior. Ele tinha acesso aos bilhetes e revendia o mesmo ingresso que já havia sido vendido, quando o dono controlava a venda, o dinheiro estava correto, mas o número de pessoas no local era superior", afirmou o delegado em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (27).

Os levantamentos políciais identificaram que Itamar ainda manipulou a cena do crime, retirando o motorista do veículo em que a vítima estava, fazendo-o ser o próprio condutor. "Segundo uma testemunha, essa foi uma conduta totalmente estranha e atípica. Com isso, a gente prova que ele manipulou a cena do crime. Ainda após a morte, ele planejava roubar, nas palavras dele, os alvarás pertencentes à vítima nos locais que eles tinham acesso", disse Marcelo Hercos.

O delegado afirmou que o depoimento dado por Itamar à polícia foi completamente mentiroso.  Ele negou a tentativa de roubar o alvará e a autoria do crime. Mas, ainda segundo o delegado, todos os fatos já foram provados. Na casa do homem ainda foram encontrados bilhetes de entrada no parque, que não deveriam estar em sua posse.

Com a continuação das investigações, a Polícia Civil trabalha em conjunto com a Divisão de Inteligência para identificar mais três suspeitos do crime, dois deles com passagens pelo presídio e outro que teria intermediado o crime.

O delegado informou que os suspeitos já foram identificados, mas não apresentou os nomes para não atrapalhar as investigações. A polícia estima um prazo de 30 dias para conclusão do caso. José Givaldo Andrade vai responder por homicídio qualificado.

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