saúde
Poliomielite: quatro municípios sergipanos têm baixa cobertura vacinal
Baixa vacinação contra a poliomielite preocupa o órgão federal e aciona alerta vermelho da SES
Cotidiano | Por F5 News 05/07/2018 08h41 - Atualizado em 05/07/2018 16h15

Depois de 28 anos sem registrar nenhum caso de poliomielite, o Estado de Sergipe se torna alvo do Ministério da Saúde diante dos riscos envolvendo um possível retorno da doença considerada pela classe médica como de fácil transmissão. Em foco, as cidades de Monte Alegre, Simão Dias, Siriri e Pinhão apresentam imunização abaixo do recomendado pelos órgãos federais de prevenção à doença. Conforme relatório estatístico apresentado pelo Governo Federal, estas cidades apresentam uma cobertura vacinal abaixo de 50%.

Para a Secretaria de Estado da Saúde (SES), esse baixo rendimento envolvendo o serviço de multiplicação da imunidade popular não está diretamente interligado à falta das vacinas nas unidades básicas de saúde. A gestão entende que, apesar da disponibilidade das doses, é preciso desenvolver ações publicitárias que conscientizem os pais - ou demais responsáveis - a conduzirem as crianças para tomar a vacina. As medidas espontâneas hoje em operação não surtem o efeito desejado.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde, Mércia Feitosa, ao longo dos últimos anos o Estado tem buscado ampliar a oferta de vacinas, bem como capacitar os profissionais que atuam na rede de prevenção. A proposta é justamente qualificar o Sistema Único de Saúde (SUS) e ampliar a cobertura contra doenças imunopreviníveis. A perspectiva da SES é que em agosto uma campanha seja aplicada nos 75 municípios sergipanos.

“Possuímos a plena convicção que esta doença está erradicada no Brasil há 28 anos e que devemos trabalhar para manter esse dado positivo. Para isso, já elaboramos medidas as quais buscam conscientizar os pais a levarem as crianças para receber a vacina e minimizar os riscos”, declarou. A administração pública estadual esclarece ainda que 54 municípios alcançaram a casa dos 90% de imunização estipulada previamente pelo Governo Federal.

Em contraponto aos dados nacionais, as Secretarias de saúde das cidades citadas garantem que a realidade operacional não procede com os índices divulgados. A Prefeitura de Siriri informou que a pasta responsável pelo serviço tem acompanhado a demanda com atenção. Em Simão Dias a informação atribuída é que possivelmente existem erros nos números divulgados pelo Ministério, já que a cidade não está abaixo do solicitado. Se mostrando preocupada com o assunto, a Prefeitura de Pinhão declarou que a saúde está mobilizada, e a partir da próxima segunda-feira (09), intensificará a campanha.

A doença

A poliomielite não tem tratamento específico. A transmissão pode ocorrer de uma pessoa para outra por meio de saliva e fezes, assim como água e alimentos contaminados. No entanto, a doença deve ser prevenida por meio da vacinação. A vacina é aplicada nos postos da rede pública de saúde.

A vacina contra a poliomielite oral trivalente deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses de vida. O primeiro reforço é feito aos 15 meses e o outro entre 4 e 6 anos de idade. Também é necessário vacinar-se em todas as campanhas. A próxima Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite ocorrerá de 6 a 31 de agosto.

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