População bloqueia BR 101 contra aterro sanitário
Moradores do povoado Tabocas se manifestam
Cotidiano 16/01/2012 07h44

Por Márcio Rocha

 

Os moradores do povoado Tabocas, em Nossa Senhora do Socorro, estão realizando uma manifestação contra a instalação de um aterro sanitário na cidade, mais precisamente em seu povoado. Para mostrar sua indignação com a instalação do depósito de resíduos sólidos na região, a população foi a BR 101, que corta o povoado e bloqueou o tráfego de veículos. 

A população pede que não seja depositado o aterro na região, alegando que não quer receber o lixo das cidades de Aracaju, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro em sua comunidade. Os moradores afirmaram em emissoras de rádio que não sairão da rodovia até que seja negociada a mudança da localização do aterro.

A Polícia Militar enviou o negociador, capitão Marco Carvalho, que conseguiu acalmar os ânimos da comunidade, e conseguiu a liberação da rodovia federal, que ficou com um grande engarrafamento de veículos. Metade da pista foi bloqueada e, com isso, criados cerca de dois quilômetros de engarrafamento.

O ex-prefeito de Nossa Senhora do Socorro, Antônio Paixão, o “Tonho da Caixa”, estava entre os líderes da manifestação e disse que a população não aceita o aterro sanitário no povoado, por este ser área urbana e conter um manancial de água consumida pela população na região onde foi liberado o aterro. O deputado Augusto Bezerra disse que a ADEMA concedeu a licença ambiental para a empresa Torre construir o aterro sanitário na localidade.

Contra argumentando as declarações dos líderes da manifestação, o secretário de Estado do Meio Ambiente, e presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente (ADEMA), Genival Nunes, afirmou ao F5 News que estão fazendo um movimento com intenções políticas.

“Estão fazendo tempestade em copo d’água com esse assunto. A ADEMA nem pegou no Estudo de Impacto Ambiental, nem no Relatório de Impacto Ambiental, que tem que ser produzido pela empresa para começar o processo de licenciamento. Quem está dizendo isso por aí está contando uma mentira estúpida, e quer usar a população”. Genival foi além ao dizer afirmar que todos os licenciamentos ambientais são dados às claras. “Neste governo, qualquer licenciamento é feito de forma transparente”, disse o secretário.

O estudo de impacto ambiental da área está sendo desenvolvido pela empresa Torre, que é dona do terreno em que planeja construir o aterro sanitário. Todavia, o licenciamento não é concedido aleatoriamente. Para se liberar a construção de um aterro, a população tem que participar através de audiência pública para entender o que será feito na região. A audiência pública sobre o aterro do povoado Tabocas será no dia 31 de janeiro, na sede do município. Apenas depois do trâmite e da exposição pública do tema, é que o licenciamento pode ou não ser concedido.

O secretário de comunicação do município, Henrique Matos, afirmou que o prefeito Fábio Henrique não deseja que o aterro seja instalado no povoado Tabocas e que o prefeito está aberto para discutir soluções para o problema. O prefeito voltará de uma viagem de férias nesta semana e se pronunciará sobre o assunto.

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