População de Aracaju sofre com falta de alimentos na Ceasa
Desabastecimento e preços altos afastam consumidores da central de distribuição Cotidiano | Por Saullo Hipolito* 28/05/2018 11h45 - Atualizado em 28/05/2018 20h59A paralisação dos caminhoneiros tem afetado diversos setores que movem a economia no país. Em Sergipe, a Central de Abastecimento (Ceasa), localizada no bairro Siqueira Campos, zona Oeste de Aracaju, vive situação preocupante. O número de consumidores tem diminuído devido ao alto preço dos alimentos, que por sinal, não têm chegado às bancas com facilidade por conta da dificuldade no acesso ao combustível na capital.
O fluxo de carros e consumidores tem se reduzido desde o sábado (26). Expostas, as mercadorias amadurecem rapidamente e acabam sendo perdidas. A dificuldade na reposição gera um aumento significativo, o que afasta as poucas pessoas que aparecem no local.
Para a consumidora Sônia Dantas, a população é a única que sofre com todo esse problema que o Brasil vem enfrentando há oito dias. “É constrangedor. Sou dona de uma padaria, tenho que aumentar todos os dias o preço dos meus produtos porque os alimentos aumentam, mas como explicar para o cliente? Mesmo com todas as informações saindo, fica complicado”, disse.
Um dos alimentos que mais tem aumentado é o tomate, o quilo chega a ser vendido por R$ 6. Apesar de algumas bancas ainda apresentarem riqueza e variedades de frutas, o que mais se encontra nesses espaços é a falta de alimento. “Já recebemos a informação hoje de que não virão alimentos para a Ceasa amanhã. A gente sobrevive disso e não sabe o que fazer”, lamenta a vendedora Aparecida Nunes, 66.Ainda não há posição quanto à regularização. Muitos vendedores creditam o fim dos problemas à resolução das manifestações, mas enfatizam apoio aos caminhoneiros. “Essa greve afeta tudo. Eu apoio em gênero, número e grau os caminhoneiros, mas isso já deveria ter acontecido, o Governo Federal tem que ceder. Quem sofre é a população”, disse Sônia.
Em Aracaju vários setores estão prejudicados e a população solicita uma resolução rápida. “Sobrevivemos disso, estamos de mãos atadas aguardando o desfecho. Peço ao governo que pense na população e não neles, nós estamos sofrendo”, disse Aparecida.
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Fotos: Saullo Hipolito*
*Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo.


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