A Prefeitura de Aracaju pediu a ilegalidade da greve dos médicos da rede municipal, que estão paralisados por tempo indeterminado desde segunda-feira (4). A informação foi passada pelo sindicato da categoria que paralisou as atividades, segundo os profissionais, por conta da falta de negociação do Executivo diante das reivindicações.

Segundo o Sindicato dos Médicos (Sindimed), a PMA se adiantou em pedir pela ilegalidade e ingressou na Justiça desde o dia 30 de maio, antes mesmo dos profissionais darem início à paralisação.

“O prefeito Edvaldo Nogueira e a secretária de Saúde, Waneska [Barboza], mostram que não querem negociar e usam o poder judiciário para intimidar movimentos dos trabalhadores de Aracaju. Ingressou com inverdades no processo, alegam até que não houve assembleia convocada pelo Sindimed. Se a prefeitura realmente quisesse negociar, teria marcado alguma reunião, mas ao invés disso ingressou na justiça”, critica a direção do sindicato, presidido pelo médico João Augusto, em nota divulgada à  imprensa.

Ainda segundo o sindicato, a greve continua e só será suspensa após diálogo com o município. Dentre as reivindicações está o reajuste salarial, que não acontece há dois anos; a apresentação da tabela única, discutida em agosto para implementá-la em quatro anos, a partir de janeiro de 2018; a revogação da Portaria sobre a contratação de médicos via pessoa jurídica (PJ) e abertura de um concurso público; além do cumprimento da lei da data-base em abril e implantação de piso salarial.

F5 News procurou a assessoria de comunicação da PMA, que confirmou o pedido judicial feito pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), "para garantir a continuidade nos atendimentos médicos". Entretanto, a SMS reforça que o processo não interfere no diálogo com a categoria.

"Prova disso foram os dois encontros promovidos pela gestão com o corpo diretivo do Sindimed no último mês de maio, onde foram dadas todas as informações a respeito da situação financeira do município, e da possibilidade de reajustes após a análise financeira do último quadrimestre, que deve ocorrer ainda esta semana", informa a assessoria.