Equipes das Secretarias Municipais do Meio Ambiente (Sema) e da Defesa Social e Cidadania (Semdec) de Aracaju se reuniram na manhã desta terça-feira (08) para traçar novas frentes de atuação perante as manchas de óleo que chegaram ao litoral sergipano. A reunião aconteceu na sede da Sema.

Foto: Marcelle Cristinne/AAN

Na reunião, o secretário do Meio Ambiente, Alan Alexander Mendes Lemos, solicitou o apoio técnico da Defesa Civil Municipal para avaliar a incidência de uma possível nova mancha.

"A ideia é coordenar os esforços e se antecipar a um novo acontecimento desse tipo", explica Alan Lemos. No sábado (5), a Sema já havia detectado a incidência de uma mancha de óleo, demandando que fosse feita uma operação para contê-la ainda no mar, o que não foi possível porque os recursos da Petrobras e do Ibama não estavam disponíveis no dia.

Relatórios da Secretaria Municipal do Meio Ambiente apontam que as manchas estão se deslocando na velocidade média das correntes de deriva (0,950km/h). Com esse padrão de velocidade, se ficar a confirmada uma nova mancha ela deve aparecer na costa de Sergipe entre a tarde desta terça e o final da quarta-feira, dia 9, na região que vai de Ponta dos Mangues até a Coroa do Meio.

Por isso, segundo Alan Lemos, é importante essa antecipação. "Hoje de manhã nós identificamos essas novas manifestações e, como a gente não sabe a intensidade nem tem clareza delas e do que está por vir, a gente precisa acentuar esse esforço para monitorar, via área, a entrada das águas e as embocaduras dos rios", explica. 

Segundo o secretário da Defesa Social, Luís Fernando Almeida, essa atuação conjunta e intensa é fundamental e atende à determinação do prefeito Edvaldo Nogueira. "Estamos cedendo pessoal e equipamento, de última geração, para fazer as imagens. A gente espera não detectar a mancha, mas, se detectar, poder tomar as providências necessárias, através dessa somação de esforços", reitera.

De acordo com Luís Fernando, buscar o problema antes de ele apresentar consequências mais graves é o objetivo principal da Prefeitura. "De modo que a gente tente evitar que o óleo chegue ao litoral, porque os prejuízos são ainda maiores do que os causados apenas no mar", afirma. 

Em paralelo a essa nova iniciativa de monitoramento, agentes da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) continuam o trabalho de limpeza em toda a extensão da praia. O material, já diagnosticado como petróleo cru, ainda tem origem e impacto desconhecidos.