Sergipe
Presos que se rebelaram no Compajaf são transferidos para Copemcan
Sejuc apura se eventual falha no procedimento desencadeou o motim na enfermaria
Cotidiano | Por Will Rodriguez 12/08/2020 11h00

Após cerca de 13 horas rebelados, seis apenados que estavam custodiados no Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf), no bairro Santa Maria, em Aracaju, foram transferidos ainda na noite dessa terça-feira (11) para o Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão, na Região Metropolitana da capital. A operação de contenção do motim - que teve seis pessoas reféns - foi detalhada nesta quarta-feira (12) pelas secretarias de Segurança Pública e de Justiça do Estado. 

A rebelião começou por volta de 8h30 de ontem (11) na área de enfermaria da unidade prisional de segurança máxima que fica à parte dos pavilhões. Os seis detentos conseguiram retirar as algemas, se armaram com facas e renderam cinco pessoas, mantidas reféns em uma das salas da enfermaria: um advogado, um estagiário jurídico, uma psicóloga e dois funcionários da empresa que gerencia a unidade. A princípio os reféns eram sete, mais dois deles foram feridos e liberados ainda pela manhã.

Por volta de 21h30, os presos se renderam após terem uma das reivindicações atendidas, a transferência para outra unidade prisional sob a alegação de dificuldades de convívio com os demais internos. 

“Esse grupo já teve problemas em todas as unidades por onde passou. O fundamento para a transferência foi a constatação do Serviço de Inteligência da Sejuc que havia realmente um risco (à integridade física), inclusive, se fossem transferidos para outros presídios. Por isso, eles foram levados para uma área específica do Copemcan com autorização judicial da Vara de Execuções Penais”, disse o coronel Reinaldo Chaves, secretário-executivo da Sejuc, responsável pela negociação. 

Os detentos transferidos são considerados de alta periculosidade, com condenações em trânsito e julgadas que somam 647 anos de reclusão. “Eles foram condenados por diversos crimes como homicídios, roubo, tráfico. Dois deles têm mais de 200 anos em condenação”, informou Chaves, ressaltando que a ação foi acompanhada desde o início por representantes da Seccional Sergipe da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A Sejuc informou que deve instaurar um procedimento administrativo para identificar se houve falhas no procedimento de deslocamento dos presos dos pavilhões para a área de enfermaria. A pasta também busca esclarecer eventuais faltas disciplinares dos presidiários. Desse mesmo espaço, um grupo de detentos conseguiu fugir em maio passado. “Temos o registro em vídeo que mostra o início do motim”, informou Chaves. 

A Polícia Civil vai instaurar um inquérito para apurar condutas criminosas dos detentos relacionadas à lesão corporal dos reféns e cárcere privado. 
 

Edição de texto: Monica Pintosh
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