Procura por vacinas contra sarampo aumenta nos postos de Aracaju
Unidade Maria do Céu recebe cerca de 200 vacinas quinzenalmente Cotidiano | Por Saullo Hipolito 19/08/2019 11h33 - Atualizado em 19/08/2019 12h15Os casos de sarampo registrados no Brasil esse ano têm chamado a atenção dos profissionais da saúde e da população em geral. Até o momento, são quatro cidades com o número elevado de registros da doença - São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná.
Em Sergipe, a preocupação também existe, fazendo pessoas de diferentes faixas etárias buscarem a vacina em postos de saúde de Aracaju.
Localizado na rua Maruim, a unidade de saúde Maria do Céu tem observado grande procura por vacinação. De acordo com a gerência, desde as notícias de novos casos de sarampo, a procura pela tríplice viral - vacina que combate a doença - aumentou. A unidade recebe cerca de 200 vacinas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) quinzenalmente."Essa vacina serve para prevenir três doenças, o sarampo, a rubeola e a caxumba. Esse "boom" que vem acontecendo no nosso país, que estava livre dessa doença há muitos anos, foi decorrente da baixa das coberturas vacinais, tornando as pessoas suscetíveis à doença", disse a enfermeira Magali Araújo.
Na última sexta-feira (16), a Secretaria Municipal de Saúde realizou o bloqueio vacinal em menos de 72 horas, por uma possível suspeita de infecção. No primeiro teste o resultado foi negativo, mas, de acordo com a SMS, é necessaria uma segunda avaliação para liberação do paciente. Em Estância foram identificadas duas pessoas com o vírus.
Prevenção
De acordo com a coordenadora de Imunizações de Aracaju, Ilziney Simões, a transmissão do sarampo pode ocorrer de uma pessoa a outra por meio de secreções expelidas ao tossir, falar, espirrar ou até na respiração. O contágio pode se dar ainda por dispersão de gotículas no ar em ambientes fechados.
"Por isso, ela é considerada uma doença infecciosa viral extremamente contagiosa. Os principais sintomas são manchas avermelhadas em todo o corpo, febre alta, congestão nasal, tosse e conjuntivite, além de poder causar complicações graves, como encefalite, diarreia intensa, infecções de ouvido, pneumonia e até cegueira; quadros que são mais graves em crianças”, alertou.
A melhor maneira de se evitar a doença ainda é por meio da vacina. As crianças devem receber duas doses: a primeira aos 12 meses, com a tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), e a segunda aos 15 meses, com a tetra viral (que inclui proteção contra varicela) ou tríplice viral e varicela separadamente.
De acordo com a enfermeira Magali, para crianças de seis meses a um ano que irão viajar para uma das regiões com alto índice de infestação, o Ministério da Saúde orienta a aplicação da vacina.Conforme o Ministério da Saúde, as pessoas de um ano até os 49 anos estão dentro da faixa ideal para o recebimento dessa vacina. Mas caso o indivíduo esteja fora dessa faixa etária e não tenha recebido a vacina em algum momento da vida, a vacinação se dá da seguinte forma: até 29 anos, duas doses com intervalo mínimo de 30 dias entre elas; 30 a 49 anos: apenas uma dose.
Vale salientar a importância de levar o cartão de vacina à unidade de saúde para que o profissional verifique a necessidade de atualização.
Para toda vacina existe a possibilidade de reações, por isso em geral é contraindicada (exceto algumas situações) para pessoas imunodeficientes, para gestantes e pessoas que tiveram reações adversas à primeira dose.
Orientações
» Fazer higiene das mãos com água e sabão (sempre depois de tossir ou espirrar, de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar olhos, boca e nariz);
» Usar lenço de papel descartável;
» Proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de gotículas de saliva;
» Em caso de infecção, evitar sair de casa enquanto estiver no período de transmissão (de cinco a sete dias após o início dos sintomas);
» Evitar aglomerações, ambientes fechados e mantendo-os ventilados sempre que possível.
* Com informações da Secretaria Municipal de Saúde


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