Professores municipais rebatem ação da Prefeitura com manifestação
Cotidiano 16/08/2011 10h18

Por Jaime Neto

Na manhã desta terça-feira (16), os professores municipais se reuniram no Centro de Aracaju para declar seu desconforto com a ação da Prefeitura, que entrou na Justiça para emplacar a ilagalidade da greve que já dura mais de dois meses. A manifestção também acontece devido à paralisação anunciada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), realizada em todo o Brasil, decorrente da cobrança pela efetivação da Lei do Piso, sansionada há três anos, mas que não é cumprida em diversos estados do País.

Com cartazes, distribuição de panfletos e respaldo do Sindicato dos profissionais de Ensino do Munícipio de Aracaju (Sindipema), representado pela professora Vera Oliveira, os grevistas  foram cobrar esclarecimentos sobre alguns dados apresentados pela Prefeitura, na propaganda que rebate a greve.

Segundo a carta pública divulgada pelo Sindipema, um professor em início de carreira, hoje ganha algo em torno de R$ 1.498,84 e depois de 25 anos de trabalho passa a receber algo em torno de R$ 1.898,69. “O que vem sendo mostrado pela Prefietura é mentira. Os professores não recebem R$ 6 mil reais ao final de carreira. Aquele valor foi retirado de uma média usando para tal o salário de diretores aposentados e outros cargos.”, disse Vera.

Sobre a questão da ilegalidade da greve, a sindicalista reafirma o papel dos professores como lutadores independente da decisão judicial. “A Prefeitura ao invés de entrar num acordo com a gente preferiu entrar na Justiça, mas mesmo que voltemos para as salas de aula temos como nos manifestar pois a luta vai contnuar até o cumprimento da Lei do piso que é de 15,86% e não de 6%.”, declarou a presidente do Sindipema.

Ilegalidade

Desde a última segunda-feira, o prefeito Edvaldo Nogueiro entrou na Justiça para que a ilegalidade da greve seja acatada perante outra instância, visto que não houve nenhum acordo entre as partes envolvidas. Segundo o secretário de Educação do Municipio, Antônio Bittencourt, solicitar a ilegalidade da greve na Justiça é consequência da falta de um acordo para que as aulas fossem retomadas.

“Para dar sentido aos milhões investidos na Educação é que entramos na Justiça. Compreendemos que a greve, por parte dos professores é uma ação legítima, porém, entemos que os quase 29 mil alunos fora das escolas precisam ter aula, precisam recuperar o tempo perdido, visto que já existe uma problemática para a reposição dessas aulas. Entrar na Justiça para apontar a ilegalidade da greve foi a maneira consequente encontrada para que se resolva a situação, visto que a Justiça irá decidir sobre o caso. ”, disse.

 

 

 

 

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