Conforme deliberado no último dia 18, até amanhã à noite profissionais de 11 categorias estarão de braços cruzados, suspendendo até 70% das respectivas atividades como forma de pressionar o prefeito Edvaldo Nogueira a conceder reajuste salarial, equiparação financeira e melhoria imediata das condições de trabalho.

Caso as reivindicações não sejam atendidas, a direção do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Aracaju não descarta a possibilidade de deflagrar greve por tempo indeterminado.

Entre as categorias profissionais que optaram por aderir ao movimento estão  enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, nutricionistas e técnicos em nutrição, fisioterapeutas, agentes comunitários e de combate as endemias,  professores, guardas municipais e educadores sociais. Essas classes trabalhadoras se unem aos médicos que, desde a segunda-feira da semana passada, estão com os serviços básicos suspensos.

Apenas casos de urgência e emergência seguem sem alteração. Os profissionais da medicina também reivindicam reajuste salarial, melhores condições de trabalho e contratação de novos profissionais através de concurso público. Com a paralisação também dos professores, cerca de 30 mil estudantes do ensino fundamental ficam sem aulas.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Professores do Município de Aracaju (Sindipema), Adelmo Meneses, a falta

"A prefeitura está criando o burocratismo para dificultar os processos e acessos dos professores. Não temos reuniões cara a cara com o prefeito conforme prometido na campanha de 2012", disse.

Contraponto – Em nota, a Prefeitura de Aracaju informou que está realizando um enorme esforço para promover o reconhecimento de direitos dos servidores municipais, que vinham sendo negados anteriormente. Durante a atual gestão, 30% dos servidores de diversas áreas já foram beneficiados diretamente com gratificações por Titulação, Avanço de Letra e Abono de Permanência.

A Prefeitura ressalta ainda que não pode deixar de levar em conta o planejamento estratégico e as imposições legais, já que a gestão recebeu a cidade em "situação caótica", citando salários atrasados, direitos negados e falta de investimento na estrutura municipal.