Coronavírus
Projeção da UFS estima queda no número de óbitos em Sergipe
Apesar da redução, especialistas alertam sobre manutenção das medidas preventivas
Cotidiano | Por F5 News 25/09/2020 17h09 - Atualizado em 26/09/2020 13h24

O estado de Sergipe registra uma estabilização em relação ao Novo Coronavírus, a média de novos casos nos últimos sete dias ficou em 161. O número de óbitos por dia também caiu, ficando abaixo de 10. Segundo a projeção feita pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) para os próximos 30 dias, a média de novos casos por dia deve ficar em 150, já em relação aos óbitos, a projeção estima uma média de 5 por dia,  passando para 1 óbito por dia no final do período.

O estado contabiliza hoje (25), mais de 76.600 casos e mais de 2000 óbitos. Cerca de 71 mil pessoas estão recuperadas da doença.  Segundo o estudo, a tendência atual é uma estabilização
do crescimento de casos, indicando um total inferior a 80.000 casos nos próximos 30 dias.

De acordo com o estudo, houve um pequeno aumento na razão de óbitos em relação ao número de casos confirmados no último mês, variando entre 2,52% e 2,61%, com média de 2,57%, provavelmente pela baixa acentuada no número de casos (maior que a projeção), o que não foi acompanhado da (mesma) baixa do número de óbitos, que cumpriu a projeção.

Em relação ao número de internações, foi observada a mesma tendência decrescente do mês anterior em relação ao número de casos confirmados. A redução da razão de internações neste último mês acompanha a redução no número de novos casos, mas curiosamente se mantém, em média, maior que esses. O percentual de casos que demandam o tratamento intensivo de UTIs em relação ao número de internações se manteve estável, variando de 42% a 50%, com média de 46,6%. 

O estudo chama atenção para a queda no número de atendimentos nas unidades de saúde de pessoas com síndromes gripais, o que não significa uma redução dos casos, e acaba provocando a gravidade dos sintomas: "Conforme descrito neste estudo, apesar da queda no número de casos, os pacientes com COVID-19 que não estão mais procurando os ambulatórios de síndromes gripais (queda no número de atendimentos), agravam em casa, menosprezando a gravidade dos sintomas respiratórios, o que exige a necessidade urgente de cuidados intensivos, sobrecarregando os leitos de UTIs."

O coordenador da Força Tarefa contra a Covid da UFS, o professor doutor em Biologia Lysandro Borges, alerta para os cuidados que devem continuar sendo mantidos. Ele não descarta uma segunda onda, caso as recomendações de segurança não sejam cumpridas.

"Como destacado na projeção anterior, a tendência de decrescimento não deve significar o abandono de medidas preventivas e de ações do estado para a manutenção destas tendências. Foi observado em vários outros países que, após um momento de decrescimento, seguido de relaxamento das medidas, a volta de uma tendência de crescimento no número de casos, com crescimento ainda maior que o anterior", destaca o coordenador.

Edição de texto: Monica Pintosh
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