Protesto pede retorno da brigada itinerante contra endemias em Sergipe
Governo diz que a responsabilidade do combate às endemias é dos municípios Cotidiano | Por Aline Aragão 04/08/2020 18h35 - Atualizado em 04/08/2020 19h04Agentes de endemias que integravam a brigada itinerante contra dengue, chikungunya e zika vírus realizaram nesta terça-feira (4) mais um ato de protesto para cobrar do Governo do Estado a renovação dos contratos e a manutenção dos mais de 90 empregos da categoria. O ato aconteceu em frente à Assembleia Legislativa de Sergipe, onde os manifestantes foram recebidos pelo presidente da Casa, o deputado Luciano Bispo.
Para a agente de endemias Maria Ivone Santos, o governo não mediu os impactos para as famílias que dependem desse trabalho, ainda mais no momento atual, diante de uma pandemia.
"Nós sabíamos que era temporário, mas da forma que foi feito foi injusto, sem avisar, de surpresa. Saímos de férias, quando retornamos fizemos cursos de capacitação, recebemos materiais e, depois de tudo, fomos informados da suspensão do contrato, justamente nesse momento", lamenta.
Ela diz que uma comissão foi recebida pelo deputado Luciano Bispo e ele ficou de intermediar uma reunião com o governador Belivaldo Chagas. "Precisamos dessa reunião, precisamos mostrar para ele que nosso trabalho é importante e não pode parar justamente agora, quando se tem um aumento de casos de chikungunya no estado", argumentou.
Um levantamento divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde aponta crescimento no número de casos confirmados de chikungunya, em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com os dados, em 2019 foram 20 casos confirmados da doença e este ano já foram contabilizados 280. Em relação à dengue, houve diminuição no número de casos - em 2019 foram 1963 e este ano 357 confirmados.
Já para Zika vírus, a diferença é pouca: foram quatro casos confirmados em 2019 e cinco em 2020. O período de apuração está compreendido entre 29 de dezembro de 2019 a 04 de julho de 2020.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que a responsabilidade do combate às endemias é dos municípios e que a brigada, criada pelo Governo, era apenas uma força complementar, por isso foi desativada.





