Quadro do CAPS é discutido no MPE
Cotidiano 28/11/2011 17h39Por Míriam Donald
O quadro pessoal do Centro de Atenção Psicossocial de Aracaju (CAPS) foi considerado deficitário por conta da falta de profissionais qualificados específicos da área, principalmente médicos psiquiatras. O problema foi detectado no CAPS III (Jael Patrício), após análises da listagem de profissionais apresentadas pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). A situação de carência foi tratada na manhã hoje (28) no Ministério Público do Estado de Sergipe (MPE), através da Promotoria de Justiça dos Direitos à Saúde.
Além do CAPS III (Jael Patrício), no Caps III (Liberdade) e também no David Capistrano existe um déficit de um médico psiquiatra para cada CAPS. A Coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial, Karina Cunha, esclareceu que a situação do Caps Jael Patrício já havia sido regularizada com a contratação de um médico psiquiatra, e que existe a perspectiva de contratação de outro profissional para atuar no Caps Liberdade, processo em fase de negociação junto à SMS.
Segundo ela, uma consulta do Ministério da Saúde foi formalizada junto ao Caps III, sendo reconhecida, notadamente naquelas localidades em que há uma deficiência de profissionais médicos psiquiatras, a exemplo do que ocorre em Sergipe, salientando que está sendo averiguada a devida inscrição do profissional junto à Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Falando um pouco das condições do centro, Karina Cunha disse que conta com médicos em todos os serviços e buscam sempre manter o compromisso e a qualificação do serviço.
Diante do exposto, a promotora que conduz o caso, Alessandra Pedral de Santana, determinou que seja encaminhado expediente à Coordenadoria Técnica em Saúde Mental do Ministério da Saúde, com o objetivo de promover consulta acerca da regularidade da atuação de médico especialista em saúde mental junto ao Caps III. Além da medida, solicitou que, após considerada a perspectiva de inserção de profissional médico psiquiatra para regularizar a demanda de profissionais no CAPS III - Liberdade, fosse procedido e a suspensão do feito por 30 dias, finalizando o caso, após o andamento desse prazo.
Tratamento
O paciente Marco Aurélio, usuário do sistema, esteve presente na audiência, disse ser muito importante ter a chance de ser ouvido no MPE e ressalta estar satisfeito com o tratamento atual. “É muito importante, porque há alguns anos atrás não era assim. Hoje eu vejo credibilidade e melhorou muito”, avaliou o paciente.
Marco Aurélio ainda destaca que o tratamento atual é mais humano. “Hoje não se trata mais como anteriormente, com eletrochoques ou medicamentos fortíssimos", exemplifica.
Questionada sobre a qualidade do serviço, Simone Barbosa, coordenadora institucional, disse que o Caps é referência nacional de saúde mental, e Aracaju porta uma cobertura ótima com seis Caps, buscando sempre uma melhoria dos hospitais psiquiátricos. De acordo com ela, o Hospital São José é uma rede muito boa, e eles buscam sempre uma qualificação. “É preciso que se enquadre no momento a contratação dos terapeutas capacitados, psiquiatras e enfermeiros que os hospitais necessitam”, expõe Simone.
O centro conta com o Caps I, que proporciona um atendimento básico, assim como os Caps III- Direcionados ao tratamento de drogas, infância e adolescência, entre outros.


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