A cada cem pessoas mortas por covid-19 em Sergipe, em média trinta não estavam incluídas em nenhum dos chamados grupo de risco, com base nos dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES). São pessoas jovens, sem doenças crônicas, que não estavam puérperas e nem grávidas, mas que tiveram a vida ceifada pelo coronavírus, o que na visão de especialistas deve servir de alerta para jovens e adultos sobre a gravidade com que a infecção pode acometer o nosso corpo. 

Dos 1.125 óbitos por covid-19 já confirmados no estado, 327 foram registrados pela Secretaria da Saúde como ‘sem comorbidade’. O número representa 29% do total de sergipanos mortos em decorrência da infecção. São consideradas comorbidades doenças pré-existentes, como hipertensão, diabetes, obesidade, problemas renais, respiratórios e cardíacos, por exemplo. Essas condições costumam agravar o quadro do paciente infectado pela Covid-19. 

Embora os estudos sobre as consequências da infecção provocada pelo novo coronavírus ainda sejam muito incipientes, a ciência já sabe que a Covid-19 atinge mais fatalmente os mais velhos e as pessoas com doenças crônicas pré-existentes. Os números da Secretaria de Saúde mostram que a maior parte dos registros da infecção em Sergipe ocorre entre pacientes com idades entre 30 a 39 anos, mais de 46% dos casos confirmados. Em contrapartida, ela é mais letal entre pessoas com mais de 80 anos, mais de 60% dos óbitos. 

Para nos ajudar a entender a dinâmica da doença no estado e como ela tem atingido a população sergipana, o F5 News fará uma live com o infectologista Thiago Mendes,  do Hospital Regional de Lagarto e da Vigilância Epidemiológica do Município de Aracaju, na noite desta segunda-feira (20). Será a partir das 20h30 no instagram do portal @f5news e você, nosso leitor, poderá participar enviando seus questionamentos.