Quatro pessoas são presas em flagrante por vender ‘chumbinho’
Cotidiano 27/10/2011 14h57

Por Fernanda Araujo

Quatro pessoas foram presas nesta quarta-feira (26), no centro de Aracaju, nas proximidades do Mercado Albano Franco. Eles foram autuados em flagrante por vender o veneno chamado de ‘chumbinho’, utilizado irregularmente como "mata-rato". .

Segundo o delegado Paulo Ferreira, da Delegacia Especial de Proteção do Consumidor e Meio Ambiente (Deprocoma), entre eles, três homens já haviam respondido a inquérito pelo mesmo crime e uma mulher, de 48 anos, foi presa pela primeira vez. Os criminosos possuem idade entre 48 e 56 anos.

Sendo o crime afiançável, os quatro pagaram a fiança e foram liberados no mesmo dia. A pena é de um a quatro anos de reclusão sob a Lei 9605/98, Art. 56 do Código Penal Brasileiro. “Nós estabelecemos a fiança aos três homens de R$ 400, e para a mulher de R$ 200, eles respondem o processo em liberdade”, explicou Paulo Ferreira.

Perigos

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o chumbinho é um produto clandestino, vendido ilegalmente e extremante perigoso se ingerido, por não possuir antídoto - além de não possuir registro pela Anvisa e em nenhum outro órgão de governo. O veneno granulado de cor cinza escuro ou grafite (cor de chumbo) é utilizado com exclusividade na lavoura como inseticida.

Os sintomas ocorrem em menos de uma hora após a ingestão e são chamados de manifestações de síndrome colinérgica, como: náuseas, vômito, sudorese, sialorréia (salivação excessiva), borramento visual, miose (contração da pupila), hipersecreção brônquica, dor abdominal, diarréia, tremores, taquicardia, entre outros.

Sua composição química mais encontrada são os agrotóxicos carbamatos e organofosforados, além dos agrotóxicos aldicarbe, carbofurano (carbamato), terbufós (organofosforado), forato (organofosforado), monocrotofós (organofosforado) e metomil (carbamato). A escolha da substância varia de região para região do país.

Denuncie

Para denunciar a venda de "chumbinho", ligue para o telefone da Deprocoma - (79) 3198-1146 -  ou para o Disque Denúncia da Polícia Civil (181). Ou, ainda, escreva para a Ouvidoria da Anvisa, através do e-mail ouvidoria@anvisa.gov.br ou para a Gerência Geral de Toxicologia da Anvisa: toxicologia@anvisa.gov.br.

Em caso de intoxicação, ligue para o Disque-Intoxicação: 0800-722-6001. A ligação é gratuita em todo território nacional. Seus dados serão mantidos em sigilo.

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