Reitor da UFS questiona corte de verba para a Educação na Alese
Com 70% dos alunos vindos da escola pública, ele repudia medida tomada pelo Governo
Cotidiano | Por Saullo Hipolito* 16/05/2019 11h15 - Atualizado em 16/05/2019 12h43

Com mais de 30 mil alunos matrículados nas graduações da Universidade Federal de Sergipe (UFS) em todo o estado, fora outros programas de ensino que a instituição disponibiliza, é contabilizado um custeio total de manutenção acima de um milhão de reais por ano. Esse quantitativo passou a ser visto com preocupação após o anúncio nos cortes de verbas na Educação em todo o país, feito pelo Governo Federal.

De acordo com o reitor da UFS, Ângelo Antoniolli, o maior receio por parte dos gestores de todas as universidades federais é que a medida gere um colapso nas instituições e, consequentemente, mine a Educação pública, impactando negativamente nas graduações, nos 48 programas de mestrado - sendo nove profissionalizantes - e nos 19 programas de doutorado, dos quais 15 são nota 4 e quatro nota 5 pelo MEC.

Afirmando que costumo utilizar a base de dados do próprio governo, o reitor ressaltou a importância das pesquisas geradas no Brasil, que, segundo ele, colocam o país como a 14ª potência mundial na produção de conhecimento". É com essa base de dados que podemos conversar", disse.

Dar visibilidade a esse enfrentamento, segundo ele, é muito importante, por isso, na manhã desta quinta-feira (16), Ângelo Antoniolli esteve na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) para explicar o que será feito a partir de agora em prol da educação pública no estado e no país.

"Não temos concursos, pois são cargos extintos, bem como vigilância, contratação para a limpeza também. O que acontece é o repasse de recursos por parte do Governo Federal para que possamos terceirizar essas pessoas. Com o corte, eu só posso reduzir esses espaços, não posso diminuir outras questões, só posso alterar 25% para cima ou para baixo, o que não é suficiente", disse.

Para o reitor, a possibilidade de extinguir contratos também não é uma opção, pois isso inviabiliza o funcionamento da universidade. Ele convocou a sociedade civil, bem como os parlamentares, para construir o que denomina de "força defesa",  incumbida de lutar pelos direitos da única universidade pública de Sergipe.

Convite

Durante a entrevista, o reitor da Universidade Federal de Sergipe tratou de enfatizar que não recebeu nenhum convite do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para participar de qualquer reunião. "Assim como não recebi, muitos reitores com os quais mantenho contato não receberam nada. Devem ser outros, temos muitos reitores no Brasil e muitos deles são de universidades privadas", afirmou Antoniolli.

*Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo.

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