ROTA DO IMPERADOR
Rota do Imperador: os caminhos de Dom Pedro II pelo norte de Sergipe
​Conheça um dos destinos ainda pouco explorados no rio São Francisco
Cotidiano | Por Will Rodriguez 20/05/2018 09h15 - Atualizado em 22/05/2018 09h42

Cento e vinte um quilômetros separam a capital sergipana, Aracaju, do município de Neópolis, no Norte do Estado. Após cerca de três horas de viagem, chegamos ao destino, povoado Betume, distante sete quilômetros de viagem. É de lá que partiremos em direção à Rota do Imperador, um roteiro que revive uma expedição histórica realizada por Dom Pedro II, em meados de 1859, muito antes das ruas serem tomadas pelo frevo do Zé Pereira.

Com a finalidade de conhecer as potencialidades do rio São Francisco, a comitiva imperial partiu de Piranhas (AL), navegou pelas águas do Velho Chico em outras cinco cidades alagoanas e também pelos municípios sergipanos de Propriá, Neópolis e Santana de São Francisco, até chegar às terras da Cachoeira de Paulo Afonso, na Bahia.

O passeio é feito de catamarã, em cerca de três horas. As belezas naturais, de uma flora que teima em resistir à ação do homem,  margeiam o rio São Francisco, dando o contraste às águas verdes do curso d´água. No trajeto, um guia com vestes reais apresenta o contexto histórico da viagem.

A visita do Imperador começou quando Neópolis ainda era Vila Nova Real D’el Rei. Dom Pedro II chegou em 14 de outubro daquele ano e sua primeira parada foi na igreja do Rosário dos Negros, onde existiam muitos escravos. Enquanto rezava, mulheres abordaram o imperador para lhe pedir ajuda financeira a fim de custear a reforma do telhado da Igreja Matriz da Cidade. A história narra que Pedro II não se fez de rogado e deu sua contribuição, de 300 denários.

De lá, a comitiva seguiu a cavalo até o Morro do Aracaré. Coberto por vegetação nativa à beira do rio, era do morro que o Comendador Madeira comandava as tropas da Coroa, tendo vista privilegiada das embarcações holandesas que vinham em busca de terras.

O monte também serviu, conforme os relatos históricos, para abrigar escravos que buscavam refúgio quando escapavam dos senhores de engenho; Lampião e o seu bando de cangaceiros e ainda o príncipe Maurício de Nassau, que chegou a construir uma casa, ainda preservada.

O passeio culmina na Croa do Rio Belo, onde é montada uma estrutura com mesas dentro da água, em uma profundidade de 30 centímetros. De lá, fazemos o trajeto de volta passando pelas cidades de Santana do São Francisco e Penedo (AL), num misto de história e paisagem natural que garante um passeio de inigualável contemplação.

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