São Cristóvão festeja oito anos de patrimônio da Praça São Francisco
Espaço é ocupado por manifestações culturais como a caceteira e a banda dos bombeiros
Cotidiano | Por Victória Valverde* 01/08/2018 17h15 - Atualizado em 01/08/2018 17h26

Parte do cotidiano dos moradores da quarta cidade mais antiga do país, São Cristóvão, em Sergipe, celebrou  a Praça São Francisco, que completa hoje (1º) oito anos oficializada como patrimônio da humanidade. Sua relevância é protegida pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), graças ao seu valor como documento histórico, urbanístico e sociocultural.

As celebrações começaram às 8h, com o badalar dos sinos de todas as igrejas do centro histórico. Logo em seguida, foi celebrada a missa na Igreja Santa Izabel, sucedida por uma palestra ministrada pelo poeta e historiador Thiago Fragata.

Apresentaram-se no local, pela manhã, o grupo Caceteiras do Mestre Rindu, manifestação folclórica tradicional; a banda do corpo de bombeiros e o grupo de Xinrê, dança de origem africana.

Já pela tarde, houve apresentações do grupo de música medieval e renascentista Renantique; visitas guiadas às igrejas e museus; posse de novos membros da Academia Sancristovense de Letras e Artes (Asclea); além de homenagens a figuras ilustres do município e exposições de artes visuais.

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“É importante que os moradores da região ocupem a praça, participem das atividades culturais e manifestem como querem que este recurso seja utilizado”, disse a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Katarina Aragão.

O presidente da Fundação Municipal de Cultura e Turismo João Bebe Água, Gaspeu Fontes, reforça a relevância do título de patrimônio histórico da praça. “A publicidade da cidade, a nível internacional, ficou maior. São treze cidades do Brasil que têm o título de patrimônio cultural, São Cristóvão é uma delas”, destacou.

Já o prefeito da cidade, Marcos Santana, faz questão de preservar e honrar a história do local. “Este título não eleva apenas São Cristóvão, eleva o Brasil. Essa praça já não é mais nossa, é do mundo. Quando Sergipe quer se mostrar, utiliza as imagens da Praça São Francisco, tamanha é a sua importância”, disse.

Cotidiano

Para os moradores da região, andar pela Praça São Francisco é rotina. Entretanto, sua beleza e importância não passam despercebidas.

Dona Neide trabalha na casa do folclore, bem na frente da praça, há 19 anos. Quando questionada sobre seu relacionamento com o local, um sorriso logo invadiu suas feições e ela compartilhou lembranças da juventude.

“Já passeei muito pela praça com meus amigos na adolescência. Fui muito feliz e me sinto abençoada de trabalhar de frente para o local. Recebo muitos turistas e eles sempre dizem que a praça é uma das mais bonitas que eles já visitaram”, diz dona Neide.

Outro morador que compartilha da admiração de dona Neide pelo local é Joelinton de Souza, estudante de filosofia. “A praça foi fundamental para o processo de formação da história de Sergipe e de São Cristóvão e acredito que ela deve ser mantida como patrimônio da humanidade, para que sua memória seja conservada”, enfatiza Joelinton.

História

A Praça São Francisco foi construída entre o final do século XVI e início do século XVII. Ela fica  no centro da parte alta de São Cristóvão e guarda prédios importantes, como o Palácio do período colonial, atual Museu Histórico, o Museu de Arte Sacra e o Convento de São Francisco. Todos os prédios têm sua estrutura preservada.

O local carrega influências urbanísticas portuguesas e espanholas, que contribuem para sua riqueza histórica. A praça é palco de inúmeras manifestações culturais, como as taieiras, caceteiras, langas e outros grupos folclóricos.

Artistas como os escritores Gregório de Matos e Jorge Amado já declararam seu amor pela cidade, que serviu de inspiração para a produção de inúmeros trabalhos.

 

*estagiária sob a orientação da Jornalista Aline Aragão.

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