Pandemia
Saúde de Aracaju não tem previsão de quando desativa Hospital de Campanha
Unidade emergencial, orçada em R$ 3,2 milhões, ainda tem 40 leitos ativos
Cotidiano | Por Will Rodriguez 10/09/2020 06h30 - Atualizado em 10/09/2020 14h38

A Secretaria da Saúde de Aracaju já está avaliando, mas ainda não tem uma definição quanto ao encerramento das atividades do Hospital de Campanha. A unidade, construída para atender pacientes com covid-19, prossegue funcionando. 

Mesmo com a redução da ocupação dos leitos públicos e privados de UTI, a Secretaria entende ser preciso manter o Hospital, destinado apenas aos casos menos graves da infecção pelo novo coronavírus. Atualmente, o estado de Sergipe tem 268 leitos de internação intensiva e 459 de enfermaria para pacientes com covid-19. Desses, 23% dos leitos de enfermaria estão ocupados e 39% das vagas nas UTIs. 

O Hospital de Campanha já atendeu 457 pacientes, dos quais 336 receberam alta médica. Ao todo, 40 leitos ainda estão ativos na unidade, cuja capacidade é de até 150. Ao F5 News, a Secretaria disse que o fechamento “está em análise, já que a abertura econômica tem sido gradual e o impacto do retorno de atividades como comércio, bares e restaurantes será sentido em 14 dias”. 

A pasta também ressaltou a possibilidade de novas ondas de contaminação, como ocorreram em outros estados e municípios, o que faz necessário manter as equipes de Saúde e as unidades ativadas, na avaliação da SMS. 

O Hospital provisório é dividido em alas, classificadas em cores - Amarela, Azul, Laranja, Rosa, Verde e Vermelha - e nelas são internados os pacientes de baixa e de média complexidades. “Por vezes, esses casos de baixa e média complexidade apresentam agravamento de sua situação clínica. Nesses casos eles são enviados para internamento em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI)”, acrescentou a Secretaria. 

Orçado em R$ 3,2 milhões, o projeto do Hospital de Campanha teve previsão inicial de operação ao longo de até seis meses. Ele começou a funcionar em maio deste ano e, no mês de julho, foi alvo de uma operação da Polícia Federal que disse ter identificado indícios de direcionamento da licitação, sobrepreço de alguns itens e também falhas técnicas na execução da unidade emergencial. Todas as acusações foram negadas pela Prefeitura de Aracaju, que entregou a documentação solicitada. Um servidor que trabalhou no processo licitatório foi afastado, suspeito de ser responsável pela suposta fraude. A Procuradoria Geral do Município (PGM) recorreu ao Poder Judiciário pedindo a extinção do inquérito. Para o procurador Sidney Cardoso, além da ausência de embasamento técnico, a investigação carece de contexto. “Problema na execução do contrato é passível de sanção administrativa, mas criminal, não”, afirmou ao F5 News

 

Aracaju tem 33.755 casos confirmados do coronavírus, com 696 óbitos.
 

Edição de texto: Monica Pintosh
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