“Se for necessário suprimir a folga, vão ser suprimidas”, diz major
Cotidiano 04/01/2012 11h53Por Fernanda Araujo
Com a possibilidade de não fazer a segurança do Pré-Caju 2012, policiais militares que estarão de folga no evento não aceitam mais receber R$ 80 por noite de Gratificações por Eventos (Graes). Os militares recebem a gratificação por fazerem a segurança de eventos mesmo estando em horário de folga. O valor, segundo eles, é irrisório se comparado aos dos policiais civis, que é de R$ 300.
Mesmo no caso dos militares decidirem em assembleia - já programada para o dia 14 às 9h no Cotinguiba Esporte Clube - não trabalhar na festividade, o major Ferraz, do Comando do Policiamento Militar da Capital (CPMC), insiste que não admitirá essa decisão.
“Essa possibilidade não existe porque a PM é uma instituição para atender ao interesse público e social. Não haverá plano B. Quando é necessário mais segurança para não deixar a população a mercê da bandidagem, determina-se que cesse a questão da folga por causa da necessidade pública. Se for necessário suprimir as folgas, vão ser suprimidas. A gente não trabalha com emoções e sim com o institucional. E quem está escalado devem cumprir com a obrigação”.
A notícia ocorre devido aos atrasos no pagamento de outras gratificações, que é de responsabilidade do Governo de Sergipe, além das reivindicações de benefícios, como a aprovação da Lei de Organização Básica (LOB) desde junho do ano passado, definição de carga horária, nível superior e ticket alimentação. Segundo o sargento Edgar Menezes (foto), vice-presidente da Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese) há gratificações do Carnaval de 2011 as quais ainda não foram pagas.
“A turma começa a compreender que não vale a pena. Somos nós que fazemos a segurança do Pré-Caju e no estado inteiro. Quando se é roubada, a pessoa quer descobrir quem foi que roubou. A nossa função é essa. Mas arriscar a receber daqui a cinco meses ou não receber é demais. Temos gratificação do Carnaval do ano passado que não recebemos”, declarou.
Ele afirma ainda que os policiais escalados para trabalhar no evento que acontece de 19 a 22 de janeiro não podem deixar de fazer a segurança do local. “Apesar de que é uma festa particular, nossa obrigação é do lado de fora dos portões fazer a segurança pública. Nós vamos decidir se os policiais de folga irão comparecer ou não em assembleia. Pelo que estou ouvindo dos colegas é que eles não aceitam mais receber essa gratificação. Agora, quem está na escala tem que ir trabalhar”.
Para falar sobre o assunto, tentamos contato com a Associação Sergipana de Blocos e Trios (ASBT), mas não obtivemos resultado. O F5 News está à disposição para mais informações.


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