Com a temática "Empreendedorismo Jovem - A hora é agora", o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) deu início à 11a Semana Global de Empreendedorismo (SGE), em todo o país. O evento gratuito acontece entre hoje (5) e a próxima sexta-feira (9) e oferece uma gama de palestras, com diferentes viéses, acerca do tema.

Fotos: Saullo Hipolito

Sob a perspectiva de fazer um movimento sobre empreendedorismo e inovação, o evento tem como objetivo fomentar e estimular o desenvolvimento de novos jovens empreendedores. Ao todo em Sergipe, segundo dados de 2017 do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), órgão vinculado ao Banco do Nordeste, existem mais de 41.500 mil Micro Empreendedores Individuais (MEI).

Essa é a primeira vez que o evento é coordenado pelo Sebrae, tendo como foco mostrar que o empreendedor é o protagonista das mudanças, seja no que se refere a empreendedorismo jovem, social, inovador ou feminino.

"O Sebrae há muito tempo vem trabalhando com empreendedores formais, e foi visto um espaço muito grande nos jovens, por isso trabalhar o fomento e a preparação desses jovens para o mercado de trabalho", disse a coordenadora do evento, Rosana Leite.

Pela análise do Sebrae, o jovem atualmente está numa dinâmica muito maior de mercado,  saindo da universidade, ou até mesmo ainda nela, já familiarizado com novos processos de globalização.

Além disso, a área virtual cresceu muito e impacta nesse aspecto. “Temos uma demanda grande de processos virtuais, que têm custo baixo, porque envolvem menos trabalhadores e não têm necessidade da sede. Os jovens estão muito atentos a isso e vão compondo o mercado com uma visão diferente e aberta às demandas que são exigidas”, disse o consultor e instrutor do Sebrae Frank Albuquerque.

Estandes

Em um dos estandes montados no local, chamou a atenção a proatividade e inteligência de três alunos do Ensino Médio-Técnico do Instituto Federal de Sergipe (IFS). Eles criaram projetos de domótica, por inteligência artificial, que facilitam o dia a dia de muitas pessoas, principalmente, aquelas com algum tipo de deficiência.

 De acordo com o professor de Eletrotécnica e Robótica do IFS, Matheus Canuto, os alunos farão apresentações de projetos realizados na feira de ciências do instituto e que receberam premiações e elogios. O objetivo é incentivar e mostrar que eles podem criar o seu próprio meio de trabalho.

“Esse projeto funciona a partir do comando de voz, abre portas, acende a luz. Os próprios alunos que tiveram a ideia de realizar o projeto, nós professores só auxiliamos com alguma dúvida. A ideia é colocar na cabeça deles que eles podem gerar empregos, solucionar problemas e pensar fora da caixa”, disse o professor.

Segundo os criadores do projeto, a ideia surgiu de um vídeo que eles assistiram. Se interessaram e colocaram a mão na massa, tendo em vista que no mercado tudo está sendo automatizado hoje em dia. “Construímos um aplicativo que funciona por um Bluetooth do celular, que reconhece comandos de voz. O IFS nos proporcionou toda estrutura. A montagem e execução ficou por nossa conta e a experiência foi muito válida”, disse o aluno Luiz Batista.

Para eles, o software vai além de acender luz, podendo ajudar pessoas com deficiência. “Numa residência normal, por comando de voz, uma pessoa de cadeira de rodas não precisaria de ajudas para acender luz, abrir portas altas, por exemplo. Ainda poderíamos ajudar pessoas cegas a se locomover por meio de cadeiras elétricas, que obedecem o comando de voz”, disse o outro estudante, Lucas Batista.

Palestras

Entre as temáticas do evento em Sergipe, uma chama bastante atenção pois pretende apresentar ao empreendedor que é possível montar um bom negócio até R$ 80 mil. Ela acontece na tarde desta segunda-feira (5),  e foca em questões de franquias, com uma estrutura já pronta.

“A franquia já facilita, porque por atrás dela existe um know-how de uma empresa que já tem experiência no mercado. Além disso, tem a questão do crédito, que pode conseguir negócios de até R$ 100 mil. Um crédito mais fácil, com menos garantias e que o banco tem mais mobilidade”, disse Frank Albuquerque.

Confira a programação:

* Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo.